Corumbá vai a júri popular dia 25 por matar turista israelense

José Vicente Matias, conhecido como Corumbá, vai ser submetido a júri popular no próximo dia 25, a partir das 8h30, pela morte da turista israelense Katryn Rakitov. O crime ocorreu em abril de 2004, na cidade de Pirenópolis, comarca na qual será o julgamento, sob a presidência do juiz Sebastião José da Silva.

O réu ganhou repercussão internacional por ser acusado de matar seis mulheres, três delas estrangeiras, em supostos rituais de magia, ocorridos em quatro Estados brasileiros. Por causa do assassinato de Katryn, ele já havia sido condenado por latrocínio a 27 anos de prisão, mas a conduta foi desclassificada para homicídio doloso, impondo novo julgamento.

Consta da denúncia que Katryn Rakitov era namorada do acusado. Ela estava embriagada quando foi morta a pedradas. Após o crime, Corumbá confessou ter bebido o sangue da vítima e, ainda, ter roubado seus pertences e a quantia de 15 mil euros. Como o dinheiro nunca foi encontrado e, posteriormente, o réu mudou o seu depoimento quanto à subtração dos valores, a defesa postulou a desclassificação para homicídio doloso que, diferente do latrocínio, impõe submissão ao Tribunal do Júri.

Na sentença anterior, Corumbá teve a conduta enquadrada como roubo seguido de morte, destruição e vilipêndio de cadáver, com agravante de o crime ter sido cometido por traição ou emboscada. No recurso que acatou a tese da defesa, o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) analisou o caso, julgou pela desclassificação e remeteu o processo de volta à comarca.