Condenado motorista que usou perfil falso em rede social para atrair e estuprar criança de 12 anos

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Um motorista de caminhão, de 41 anos, foi condenado a 14 anos, 5 meses e 2 dias de reclusão, em regime fechado, por estupro de vulnerável, praticado contra uma menina de 12 anos, em Itumbiara. A companheira dele, também foi condenada a 2 anos de reclusão, por cárcere privado, uma vez que ambos restringiram a liberdade da menor, por dias, até que ela fosse libertada do cativeiro por seus familiares.

De acordo com a denúncia oferecida pela promotora de Justiça Ana Paula Sousa Fernandes, a garota foi atraída pelo motorista de caminhão, que utilizou um perfil falso em uma rede social, no qual se passou por uma pessoa chamada Robson. Ele se apresentou como um adolescente, de 14 anos, para conquistar a confiança da vítima.

Encontros sem o conhecimento dos pais

Segundo a denúncia, o motorista, no mês de dezembro de 2019, passou a manter contato com a menina, utilizando-se de um perfil falso, na rede social Facebook, onde se fez passar por um adolescente com outro nome. Ele inseriu informações e registro fotográfico que não poderiam identificá-lo. Assim, atraiu a adolescente, com quem praticou relações sexuais e a manteve em cárcere privado, por seis dias, até o seu encontro por familiares, que, desesperadamente, após o seu sumiço, passaram a procurá-la por toda a cidade de Itumbiara.

No primeiro encontro com a vítima, no dia 22 de dezembro de 2019, ele se apresentou como um cunhado do adolescente Robson e pediu para que ela entrasse no seu veículo a fim de que pudesse levá-la ao encontro do rapaz.

Com o desaparecimento da menina, seus familiares compareceram à Delegacia de Polícia para registrarem a ocorrência e, também, passaram a realizar buscas e diligências, via operadora de celular, nas quais conseguiram desbloquear o chip do aparelho da menor e tiveram acesso às trocas de mensagens entre ela e o adolescente desconhecido. A família da vítima, então, chegou até o endereço do motorista, que foi preso em flagrante pela Polícia Militar e a libertaram do cativeiro.

Acompanhamento da vítima

Ao proferir a sentença, a juíza Thaís Lopes Lanza Monteiro, além de condenar o motorista e sua companheira, determinou a expedição de ofício ao Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) de Itumbiara, requisitando o acompanhamento da vítima, para verificar suas atuais condições emocionais e, se possível, a sua inserção em grupos de terapia.