Fui citado em um processo de Execução Fiscal, e agora?

*Marcos Coelho

Execução Fiscal é a ação judicial que a Fazenda Pública usa para cobrar um crédito inscrito em dívida ativa.

Primeiramente cabe entender o que é uma dívida ativa.

Quando o contribuinte deixa de pagar um imposto, após os trâmites na via administrativa, ele é inscrito em Dívida Ativa, por meio de uma CDA (Certidão de Dívida Ativa).

Com a CDA em mãos, a Fazenda Pública (União, Estado ou Município) pode executar o devedor por meio de uma Execução Fiscal.

Basicamente é o meio que o ente público tem de recuperar seus créditos com alguém que supostamente lhe deva, e pode ser utilizada para a cobrança de impostos como IPTU, ITCMD, ISS, ICMS, Imposto de Renda, entre vários outros.

A execução permite que o juiz acate os pedidos da Fazenda Pública para que haja diversas medidas que visam atingir o patrimônio da pessoa física, da empresa ou do sócio executado.

As constrições mais comuns e que atingem sucesso inúmeras vezes são:

  • Penhora de imóveis do executado;
  • Bloqueio de valores na conta bancária da pessoa física, empresa ou do sócio;
  • Penhora do faturamento da empresa;
  • Penhora de veículos ou outros bens móveis encontrados em nome dos executados;

A defesa nos processos de cobrança de tributos é muito importante para garantir que você pague apenas a quantia que é devida, caso seja devida. As principais defesas contra a Execução Fiscal são:

  • Parcelamento ou acordo;
  • Indicar ilegalidade dos impostos cobrados;
  • Identificar a prescrição antes e durante a execução fiscal;
  • Afastar excessos na execução, tais como penhora e bloqueio de bens;
  • Constatar a prescrição/decadência do crédito tributário;
  • Identificar nulidades na CDA;
  • Falhas no processo administrativo fiscal;

Sendo que um defesa completa, seguindo a legislação, irá buscar ao executado:

  • A extinção e arquivamento da dívida,
  • A liberação dos bens que foram bloqueados ou penhorados,
  • O parcelamento da dívida no maior prazo ou menor valor possível e;
  • A retirada das negativações e protestos relacionados à execução fiscal.

E AGORA, O QUE FAZER?

Agora que você já sabe o risco que está correndo, é necessário recorrer a profissionais capacitados e especialistas em Execução Fiscal. Uma equipe jurídica poderá analisar toda a Execução e entender quais as chances de êxito e as formas de garantir sua defesa e seus direitos.

As possibilidades irão depender da situação em que se encontra a cobrança do tributo.

*Marcos Coelho faz parte do corpo jurídico da Bezerra Faria & Paiva Advogados. É assíduo atuante na defesa de pessoas físicas e jurídicas endividadas.