Alunos de Direito disputam conhecimento em 1º MMA Jurídico

Alunos da Faculdade Alfa, em Goiânia, participam de uma atividade inusitada nesta quinta-feira (05) e, até então, inédita no Brasil. O princípio é o mesmo das lutas: competidores medem forças em busca da vitória. Mas no ringue, apenas conhecimento e aprendizado. Trata-se do MMA Jurídico, uma atividade metodológica de ensino-aprendizagem desenvolvida por meio de debates entre os discentes. Os temas escolhidos para as discussões, que serão realizadas entre duas equipes (uma contra e outra a favor), são a Redução da Maioridade Penal e Descriminalização do Uso de Drogas.

O debate-competição é realizado no auditório do Bloco D da Unidade Perimetral, às 8 horas, para os alunos do matutino, e às 19 horas, para os alunos do noturno. Participarão os acadêmicos do quarto e quinto períodos do curso de Direito, que são divididos em duas equipes por período e que defenderão opiniões contra e a favor dos temas apresentados. A proposta é fundamentada na necessidade de possibilitar aos acadêmicos do curso de Direito a oportunidade de capacitar-se para desenvolver visões criticas a respeito de temas jurídicos.

O objetivo do MMA Jurídico, segundo o coordenador do evento, o professor Anderson Brasil, é incentivar o raciocínio jurídico, a reflexão crítica e a pesquisa da legislação, jurisprudência, doutrina e outras fontes do Direito. “E os alunos estão levando muito a sério sua missão”, afirma, assegurando que todos terão a oportunidade de demonstrarem seus conhecimentos sobre os temas em discussão.

O MMA Jurídico também tem como objetivo favorecer autoaprendizagem do aluno; promover a interpretação e aplicação do Direito; estimular a corresponsabilidade do aluno pelo seu aprendizado; promover o estudo, a convivência e o aprendizado em grupo; e auxiliar no desenvolvimento das competências requeridas para o exercício profissional. Além disso, promover a aplicação da teoria na solução de situações que simulam a realidade. Os vencedores serão premiados com troféus e medalhas.

Cada equipe tem um técnico, que é um professor da área penal, que teve cerca de 30 dias para orientar os alunos para a competição. Os conhecimentos apresentados e as teses defendidas serão apreciados por cinco jurados, sendo um professor de línguas, dois criminalistas e dois da área propedêutica, como filosofia. “É um evento inovador, no qual questões conflituosas serão debatidas pelos alunos, com a orientação dos professores”, avisa o professor Oto Lima, que será técnico de uma das turmas competidoras.

A pontuação de cada equipe será calculada pela média aritmética dos seguintes critérios: fundamentação Jurídica (legislação, doutrina, jurisprudência etc.); fundamentação Interdisciplinar (argumentos sociológicos, filosóficos, econômicos, históricos etc; e oratória (clareza e objetividade na exposição das ideias). As equipes serão penalizadas caso ocorram erros de português; argumentos de senso comum; ultrapassar o tempo proporcionado; e desorganização e/ou desrespeito a qualquer participante ou postura indevida.