Advogados reclamam contra vistoria de objetos por scanners na entrada do TJGO e dos fóruns

A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás vai levar para apreciação do Conselho Seccional reclamações recebidas de advogados descontentes por terem seus objetos submetidos a scanners nas entradas dos fóruns da capital e do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO).

Decreto assinado pelo então presidente do TJGO, desembargador Gilberto Marques Filho, em 2017, e agora reforçado por ordem do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), define regras sobre o controle de acesso e as
medidas administrativas para a segurança dos magistrados, servidores, jurisdicionados e demais usuários das unidades judiciárias e administrativas do Poder Judiciário do Estado de Goiás. Com isso, além de detectores de metais, bolsas, pastas e objetos de frequentadores devem passar por scanners.

Até o ano passado, os advogados que frequentavam, por exemplo, o complexo do TJGO, no Setor Oeste, tinham uma entrada especial na qual bastava apresentar a carteira profissional que eram dispensados da vistoria. Mas, desde o início do ano, além do detector de metal, os pertences dos advogados e frequentadores do prédio estão tendo de submeter os objetos a scanners.

Conforme o presidente da Comissão de Acompanhamento Forense da OAB-GO, Fabrício Antônio Almeida de Britto, ouvido pelo Rota Jurídica, devido a frequentes reclamações dos advogados, o caso será levado ao Conselho Seccional que definirá o que deve ser feito pela instituição para evitar constrangimentos aos advogados. “Não questionamos a segurança, mas queremos que as regras sejam válidas para todos, inclusive magistrados e membros do Ministério Público”, afirma.

Além de apresentar as reclamações recebidas ao Conselho Seccional, Britto afirma a comissão vai buscar sensibilizar a nova administração do TJGO para criação de alternativas que possam atender à advocacia.

Leia a íntegra do decreto aqui