Atendendo pedido da defesa, foi adiada para o próximo dia 8 de janeiro a audiência de instrução e julgamento do caso envolvendo a guarda dos 56 pitbulls. A apreciação da ação está prevista para ocorrer na tarde desta quarta-feira (20), no 1º Juizado Especial Criminal, em Aparecida de Goiânia. A juíza Liliam Margareth da Silva Ferreira Araújo acatou pedido dos advogados de Camilo Godinho Neto de que ele não poderia comparecer à audiência.
O caso ganhou repercussão em março passado quando 56 cães foram apreendidos em uma chácara no setor Continental, próximo à Penitenciária Odenir Guimarães, antigo Cepaigo, em Aparecida de Goiânia. Os animais apresentavam sinais de maus tratos, queimadura por insolução, não recebiam atendimento veterinário e eram privados de alimentação e água.
Na ocasião, a Polícia Militar prendeu o proprietário do local, Camilo Godinho Neto, de 45 anos. Ele pagou fiança e foi liberado logo em seguida. Na mesma época, a ativista pelo direito dos animais Meibel Pereira Veríssimo requisitou – e conseguiu em abril – a guarda provisória dos cães. Será com quem deve ficar os animais, como o dono ou com a ativista, que a juíza iria decidir nesta quarta-feira.
Maus tratos
Segundo relatos da PM, na chácara de Camilo, a maioria dos animais era mantida acorrentada no meio do mato e com apenas uma manilha para abrigá-los do sol e da chuva. Os mais fortes seriam utilizados em rinhas, enquanto outros serviriam para treinar os competidores. Além dos cães, 55 galos, que possivelmente também eram utilizados em rinhas, foram encontrados e estão sob o cuidado da Associação pela Redução Populacional e Contra o Abandono de Animais (Arpa Brasil)
