Acusados de atentado a bomba contra advogado Walmir Cunha vão a júri popular nesta quinta-feira

Wanessa Rodrigues

Os irmãos Ovídio e Valdinho Rodrigues Chaveiro, acusados de tentativa de homicídio contra o advogado Walmir Oliveira da Cunha, em julho de 2016, vão a júri nesta quinta-feira (30/08), a partir das 8 horas, no salão do Tribunal do Júri, localizado no Fórum Criminal, em Goiânia. Os dois, que são policiais federais aposentados, teriam mandado uma bomba para a vítima, em seu escritório, no Setor Marista. O artefato explodiu quando foi aberto pelo causídico. Ele teve ferimentos graves, que o deixaram sem três dedos e parte da mão esquerda, queimaduras no abdome e fratura no pé esquerdo. Os acusados estão presos há 1 ano e 8 meses.

O júri foi marcado pelo juiz 2ª Vara Criminal dos Crimes Dolosos contra a Vida e Tribunal do Júri. Os irmãos serão julgados por um júri popular por tentativa de homicídio triplamente qualificado com as qualificadoras de motivo torpe, crime cometido com emprego de explosivo e dissimulação. Testemunhas reconheceram por meio de fotografias nos autos Ovídio como sendo a pessoa que entregou o artefato explosivo para ser entregue ao advogado. Ele foi levado ao escritório por um motoboy contratado para a tarefa. Ele não teve participação no caso.

Segundo apurado nas investigações, os acusados teriam ficado insatisfeitos com a boa atuação de Walmir Cunha em uma ação que tramitava em das varas de família da capital. Ele representava um cliente, que demandava contra a filha de um dos envolvidos. Imagens gravadas por uma câmera de vídeo no Setor Jardim Guanabara registraram o momento em que o motoqueiro foi contratado para levar o artefato ao escritório do advogado. As cenas foram fundamentais para identificação dos envolvidos.