A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) negou, nesta quinta-feira (16/03), os habeas corpus dos dois acusados de serem os responsáveis pelo atentado a bomba que feriu gravemente o advogado Walmir Cunha, em julho do ano passado. Os irmãos Ovídio Rodrigues Chaveiro e Valdinho Rodrigues Chaveiro, agentes aposentados da Polícia Federal está presos preventivamente desde o último dia 25 de janeiro. A relatora dos recursos no TJGO foi a desembargadora Carmeci Rosa Maria.
No mesmo dia em que decretou a prisão preventiva dos acusados, o juiz da 2ª Vara Criminal de Goiânia, Lourival Machado da Costa, recebeu a denúncia oferecida pelo Ministério Público contra os acusados. Eles vão responder por tentativa de homicídio com três qualificadoras: motivo torpe, uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima e uso de explosivo. O caso, no entanto, ainda não tem audiência prevista para acontecer.
Segundo apurado nas investigações, os acusados teriam ficado insatisfeitos com a boa atuação de Walmir Cunha em uma ação que tramitava em das varas de família da capital. Ele representava um cliente, que demandava contra a filha de um dos envolvidos. Imagens gravadas por uma câmera de vídeo no Setor Jardim Guanabara registraram o momento em que o motoqueiro foi contratado para levar o artefato ao escritório do advogado. As cenas foram fundamentais para identificação dos envolvidos.
Conforme a Polícia Civil, o motoqueiro não tem nenhuma participação no crime. Ao contrário, tão logo ele ficou sabendo do que ocorreu, procurou a polícia e ajudou na elucidação do atentado. Foi graças ao depoimento dele que a polícia conseguiu encontrar imagens gravadas por uma câmera de vídeo instalada na Avenida Contorno esquina com Avenida Vera Cruz, no Jardim Guanabara, em Goiânia, onde o suspeito contratou o motoqueiro para a entrega. Elas mostram um homem vestindo calça cinza, camisa branca e boné verde passando próximo ao motoqueiro que saia para fazer uma entrega. Esta pessoa seria Ovídio, irmão de Valdinho.
