MP-GO já ofereceu três denúncias contra homem preso por estupros em série

O Ministério Público de Goiás, por intermédio da 15ª e 17ª Promotorias de Justiça de Aparecida de Goiânia, já ofereceu três denúncias contra Welinton Ribeiro da Silva. Ele foi preso em setembro deste ano pela Polícia Civil e é suspeito de ter cometido pelo menos 22 estupros contra mulheres na Região Metropolitana de Goiânia – 22 destes comprovados por exames de DNA, pela Superintendência de Polícia Técnico-Científica (SPTC).

Na primeira denúncia, oferecida no dia 27 de setembro deste ano, pela 15ª Promotoria de Justiça, a promotora de Justiça Valéria Cristina de Paula Magalhães imputou a Weliton da Silva a prática de receptação de uma motocicleta e uso de documento falso. Ele foi preso em flagrante por adquirir uma motocicleta Honda CG, que sabia ter sido roubada. O veículo foi vendido por um homem também denunciado por receptação de produto roubado ou furtado. Ao ser preso, Welinton da Silva apresentou um documento de identidade falso, na tentativa de esconder o fato de haver contra ele vários mandados de prisão em aberto.

As duas denúncias sobre crimes sexuais foram oferecidas na segunda-feira (7/10). Em uma delas, a promotora de Justiça Simone Disconsi de Sá Campos, da 17ª Promotoria de Justiça, denunciou Welinton da Silva pelo estupro de uma mulher, ocorrido no dia 13 de maio de 2016, na Vila Romana. A vítima estudava em uma escola no bairro e foi abordada ao retornar para casa. O denunciado estava parado na rua, na motocicleta que utilizava para se deslocar, falando ao celular. Assim que a mulher passou, ele desceu do veículo e dominou a mulher, colocando uma arma de fogo em sua cabeça.

Em seguida, Welinton da Silva exigiu que a mulher lhe entregasse a aliança e o celular. Ela não portava os objetos. O denunciado, então, obrigou a vítima a entrar em um lote baldio, onde a estuprou. Segundo a denúncia, a identificação foi possível através da “coincidência de perfil genético observado através do Banco de Perfis Genéticos da Superintendência de Polícia Técnico-Científica”.

A promotora Simone Campos pediu a decretação da prisão preventiva de Welinton da Silva, como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal. Segundo ela, há pelo menos três razões para assegurar a prisão: a prática de crime grave e continuado, a posse de arma de fogo com a qual ameaçava as vítimas e a grande repercussão dos crimes por ele praticados. “Há concreto risco de que o denunciado volte a delinquir, haja vista sua lascívia criminosa incontrolável, sendo que é investigado pela prática de pelo menos 52 estupros praticados em Aparecida de Goiânia, sem mencionar os crimes cometidos no Estado de Mato Grosso”, afirmou.

Goiânia Park Sul
A promotora de Justiça Valéria Magalhães denunciou Welinton da Silva pelo estupro e pelo roubo praticados contra uma mulher, no Setor Goiânia Park Sul, no dia 30 de março de 2017. Neste caso, ele obrigou a vítima a praticar conjunção carnal e atos libidinosos. Ela foi dominada pelo denunciado logo após descer de um ônibus do transporte coletivo, enquanto caminhava na direção da casa em que morava.

Welinton da Silva surpreendeu a vítima e, portando uma arma de fogo, a obrigou a entregar-lhe o aparelho celular. Em seguida, determinou que a mulher subisse na garupa do motocicleta e a levou para um lote baldio, onde praticou os atos sexual e libidinoso. Além disso, ele a agrediu com quatro socos.

Valéria Magalhães narra, na denúncia, que o material genético colhido na vítima, logo após os crimes, foi confrontado com banco de dados da SPTC, que demonstrou a compatibilidade com material genético colhido de outras 22 vítimas de crime sexual. Em razão da coincidência, a Polícia Civil, por intermédio da 2ª Delegacia Regional, montou força-tarefa para elucidar os crimes. As investigações, depois da quebra do sigilo telefônico de um dos aparelhos que ele havia roubado, levaram a Welinton da Silva, que acabou preso.