O vereador Felisberto Tavares, do PT, apresentou na sessão de hoje da Câmara de Goiânia (20), requerimentos dirigidos aos ministros da Casa Civil da Presidência da República, Aloisio Mercadante, Miriam Belchior, do Planejamento, e José Henrique Paim, da Educação, solicitando que sejam reabertas as negociações do governo federal e os trabalhadores em educação das instituições federais em Goiás (hospitais, universidades).
Ele lembrou que os servidores técnicos administrativos da UFG e do Instituto Federal (IFG), por exemplo, vem tentando a meses uma reunião com autoridades federais “sem nenhum sucesso”. Na sessão de hoje, ao ocupar a tribuna da Câmara, o coordenador de Saúde do Trabalhador, do Sindicato dos Trabalhadores Técnico Administrativos em Educação do Ensino Superior em Goiás (SINT-IFESgo), João Pires Jr, disse que a categoria está em greve a 62 dias. “Mesmo assim, não tivemos nenhuma resposta do governo aos nossos pleitos”, contou.
João Pires anunciou ainda que, na próxima segunda-feira, dia 26, o Hospital das Clínicas (HC) pode parar suas atividades, caso permaneça sem solução as reivindicações encaminhadas aos Ministérios. “Vamos permitir que apenas o Pronto Socorro e os atendimentos de Urgência e Emergência do HC funcionem. No mais, tudo será paralisado”, garantiu, lembrando que o hospital atende diariamente mais de duas mil pessoas, “com a maioria prejudicada se a paralisação do HC se confirmar”.
Ele criticou o governo federal pela “intransigência e menosprezo com que tem tratado as reivindicações dos trabalhadores do ensino superior. Não só o arrocho salarial (aumento está congelado desde 2011) mas a falta de um ´canal para nos ouvir. O fechamento do HC é o último recurso que temos para forçar essa negociação”, confirmou.
Vários vereadores de oposição ao PT, como Elias Vaz, do PSB, disse que estava ao lado dos trabalhadores e pediu “atenção especial do governo aos reclamos dos servidores federais em Goiás”. Também manifestarem apoio os vereadores Paulo Borges, do PMDB, Zander Fábio, do PSL, e Djalma Araújo, do Solidariedade.
