Prossegue hoje júri de 2 acusados da morte de Hans Brasiel; defesa do advogado Adelúcio deixou o caso e réu será julgado posteriormente

Prossegue nesta sexta-feira (26), o julgamento dos acusados pela morte do advogado Hans Brasiel da Silva Chaves. O segundo dia da sessão do júri popular, que teve início ontem (25), terá início às 8 horas, no Fórum da Cidade de Goiás, na região oeste do Estado. Hoje, estão previstos os interrogatórios dos réus Wuandemberg Alvares Farias Silva, conhecido Vandim, apontado como um dos mandantes do assassinato, e Rafael Alves da Silva, executor do crime, e os debates entre a defesa e a acusação. Na noite de ontem, o julgamento foi suspenso após oitiva de testemunhas do caso.

Chamou a atenção ontem o desmembramento do processo. Um dos réus, o advogado Adelúcio Lima Melo, deve ser julgado em outra ocasião. Isso porque no início da sessão do júri o defensor do causídico, apontado como o outro mandante da morte de Hans Brasiel, abandonou a defesa.

Adelúcio, que está com carteira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ativa, solicitou o direito de fazer a própria defesa. No entanto, pediu que ele pudesse fazê-la sem o uso de algemas, o que foi negado. Assim, o réu, que nega qualquer participação no caso, foi mandado de volta para o presídio e novo julgamento deve ser marcado.

Denúncia

Conforme relatado na denúncia pelo promotor de Justiça Augusto Moreno Alves, Adelúcio atuava na comarca de Aruanã, principalmente na área criminal, e sentiu-se incomodado com a chegada de Hans ao município, pois este também atuava em causas criminais. Segundo apontado na peça acusatória, em agosto de 2018, Hans firmou contrato com um ex-cliente de Adelúcio e obteve a sua soltura, situação que gerou uma discussão entre ambos e uma ameaça de morte teria sido feita pelo denunciado no interior do Fórum de Aruanã.

Segundo a a peça acusatória, Adelúcio agenciou pessoas para efetivamente matarem Hans, mas não obteve êxito. Esta tentativa criminosa foi, inclusive, objeto de denúncia anterior por parte do Ministério Público de Goiás.

Após não obter sucesso na primeira tentativa de homicídio, o denunciado, segundo o órgão ministerial, passou a arquitetar nova forma de matar Hans, dessa vez, contando com o auxílio de seu amigo aviador Wuandemberg Silva, que entrou em contato com Rafael e ofereceu-lhe R$ 7 mil para que matasse a vítima mediante. O crime ocorreu em fevereiro de 2020.