Projeto institui ações para evitar esquecimento de crianças em veículos

De autoria do deputado Carlos Antônio (SD), começou a tramitar na Assembleia Legislativa de Goiás o Projeto de Lei 1838/16, que institui a campanha de atenção contra o abandono de incapazes em veículos. O objetivo é desenvolver ações para que os motoristas não esqueçam crianças e pessoas com necessidades de cuidados especiais dentro de automóveis.

Nas justificativas para apresentação do projeto, Carlos Antonio ressalta que o avanço tecnológico trouxe grandes conquistas para a sociedade no trabalho, na rotina do lar, nos estudos e no lazer. Avanço que permite dinamizar a vida e produzir mais num tempo menor. Mas, a sociedade passou a viver mais assoberbada com a gama de informações advindas do mundo tecnológico e das cobranças cotidianas.

De acordo com o parlamentar, o lapso de memória passou a ser um efeito colateral do mundo contemporâneo. “O número de incidentes tais como queimaduras, asfixia, paradas cardiorrespiratórias e até mesmo a morte aumentou vertiginosamente, conforme notoriamente se infere dos noticiários propagados pelas diversas mídias hoje existentes”, afirma.

Para exemplificar, o deputado cita o caso de esquecimento de uma criança de 2 anos e 4 meses que foi encontrada morta em um carro em São Bernado do Campo, no ABC Paulista, em dezembro de 2014, que chocou São Paulo e o Brasil. O pai pegou a criança na casa da avó e a levou até a escola. Ao chegar lá, ficou sabendo que a unidade não estava funcionando. O pai seguiu para o trabalho e o carro ficou estacionado por volta de cinco horas sob o sol. No fim do expediente, à tarde, o pai voltou à escola e foi informado pelos funcionários de que a criança não tinha ficado na instituição. Só então, que o pai se deu conta de que a criança havia permanecido dentro do carro e já estava morta.

Carlos Antonio lembra que em entrevista ao blog “O Mundo em Movimento”, o presidente da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), Edson Oriksa, salienta que uma campanha de conscientização seria a melhor alternativa neste momento, considerando que o desenvolvimento de projeto de introdução de um novo equipamento para alertar o esquecimento de incapazes nos carros levaria anos para ser integrado na produção.

Lido preliminarmente em Plenário, o projeto segue agora para análise na Comissão de Constituição, Justiça e Redação.