Presidente da Assembleia Legislativa pede na Justiça saída de policiais grevistas do plenário da casa

O presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, deputado Helder Valin (PSDB), protocolou nesta terça-feira (19/11) no Tribunal de Justiça (TJGO) um pedido de reintegração de posse do plenário da Casa, ocupado por policiais civis na tarde desta segunda-feira (18) após não obterem por parte do governo uma proposta que atendesse às reivindicações da categoria, em greve há 65 dias. O processo já foi distribuído para a 1ª Vara da Fazenda Pública Estadual de Goiânia, onde deverá  ser analisado amanhã (20) pela juíza Aline Vieira Tomaz, que responde pela unidade judiciária.

O diretor jurídico do Sindicato dos Policiais Civis de Goiás (Sinpol-GO), Rainel Vilarinho Mascarenhas, avisa  que os grevistas não desocuparão a Assembleia até que percebam avanços nas negociações. “O que nos importa é a apresentação de uma proposta e a abertura do diálogo”, disse.

Nesta manhã, por intermédio do coordenador do Centro de Apoio Operacional (CAO) Criminal do Ministério Público de Goiás (MPGO), promotor de justiça Vinícius Marçal, o presidente do Sinpol, Silveira Alves Moura, e o secretário de Segurança Pública, Joaquim Mesquita, estiveram reunidos por cerca de uma hora na sede da pasta.

Foi firmado acordo quanto à fixação do bônus por produtividade, fruto de promessa do governo na ocasião da greve deflagrada em 2012; e também será estudada a redução no valor a ser reajustado, inicialmente, no piso da categoria –– que atualmente é de R$ 3.062 e pela reivindicação inicial deveria ser aumentado para R$ 7.250, valor que equivale a 55% ao piso dos delegados goianos, de R$ 12.898.

Nesta tarde, ainda na Assembleia Legislativa, a categoria prepara uma proposta a ser protocolada na Secretaria de Segurança Pública, que por sua vez a encaminhará ao Conselho Estadual de Políticas Salariais e Relações Sindicais (Consid), composto por Fazenda, Planejamento e Casa Civil. Uma resposta por parte de Joaquim Mesquita é aguardada para esta semana.

O diretor jurídico do Sinpol calculou que, se a negociação não recuar, dentro de dois dias a paralisação pode chegar a um desfecho. Fonte: Jornal Opção.