O custo da cesta básica em Goiânia teve a maior queda entre as Capitais brasileiras, segundo pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A capital de Goiás é uma das três cidades no país que registraram recuo nas despesas decorrentes de necessidades alimentares básicas. Com taxa negativa de -3,06%, a cidade teve desempenho 77% melhor do que Aracaju, a segunda colocada, com índice de -1,73%; e de 344% frente a Recife, que obteve curva descendente de 0,69%, número que a colocou no terceiro lugar do ranking decrescente. Em todas as outras 15 Capitais pesquisadas, o instituto aponta aumento de preço no mês de novembro.
Com a diminuição, Goiânia continua com uma das cestas básicas mais baratas do Brasil. O valor médio estimado pelo Dieese é R$ 254,44, o segundo menor do País, atrás apenas de Aracaju, onde o custo é de R$ 218,71. Em Porto Alegre, por exemplo, o custo dos produtos de supermercado é de R$ 328,72. Em São Paulo, é de R$ 325,56. No, Rio de Janeiro, R$ 316,88. Em Goiânia, a queda foi puxada pelo óleo, cujo preço recuou 20,06% em novembro; assim como pelo café (-17,13%), feijão (-11,52%), tomate (-9%) e açúcar (-7,14).
Alta
Segundo os cálculos do Dieese, a maior alta de preços da cesta básica em novembro ocorreu na cidade de Fortaleza, onde o valor dos alimentos subiu 3,47%. Em seguida, aparecem Florianópolis, Belo Horizonte, Vitória, Natal e Manaus com, respectivamente, índices positivos de 2,67%, 2,67%. 2,43%, 2,28% e 2,26%. Na prática, os números significam que os gastos com alimentação consumiram mais horas na jornada de trabalho dos cidadãos que residem nas cidades onde se registrou aumento.
Em outubro, a aquisição da cesta básica consumiu 92 horas e 15 minutos de trabalho dos cidadãos que ganham um salário mínimo. Em novembro, a jornada média chegou a 93 horas e 17 minutos. Para os moradores de Goiânia, foram necessárias 82 horas e 34 minutos, 11 horas e 17 minutos a menos do que o necessário em outras partes do país.
