Nova liderança da ABA Goiás diz que não fará oposição à OAB

Rodrigo de Moura Guedes

Da Redação

A nova liderança da Associação Brasileira de Advogados – Seção de Goiás (ABA- Goiás), que tem à frente o advogado Rodrigo de Moura Guedes, falou com exclusividade ao Rota Jurídica sobre como pretende gerir a entidade pelos próximos três anos. Antes disso, fez um pequeno resumo da história da instituição, a partir de sua unidade nacional, que tem como presidente e fundador o advogado Esdras Dantas.

Segundo Rodrigo, a ABA Nacional foi fundada em 11 de agosto de 2002 tendo, por finalidades estimular a aproximação dos advogados, no Brasil e no exterior, visando a consolidação das boas relações, cooperação e amizades entre os associados; desenvolver o companheirismo como elemento capaz de proporcionar oportunidades profissionais entre os associados e de servir à comunidade em geral; difundir os princípios éticos da advocacia; promover a capacitação profissional dos seus associados e dependentes; promover projetos sociais;  pugnar pela boa aplicação das leis e pela rápida administração da justiça; defender as Constituições federal, estaduais e a Lei Orgânica do Distrito Federal e dos municípios brasileiros;  defender os interesses da advocacia brasileira e outros de interesse dos advogados associados;  promover congressos, simpósios, seminários, palestras, painéis, cursos e eventos culturais na área jurídica, visando a melhoria da capacitação profissional dos associados e demais operadores do Direito; celebrar convênios, acordos, contratos e parcerias com instituições de ensino públicas e privadas, com o objetivo de incrementar a cultura das letras e dos assuntos jurídicos dos operadores do Direito;  oferecer aos associados serviços que facilitem a vida pessoal e no exercício da profissão; e impetrar, em favor de seus associados, medidas judiciais visando proteger seus interesses.

“Esdras é um profissional preparadíssimo”, observa Rodrigo, lembrando que o atual presidente da ABA Nacional possui larga experiência na advocacia pública e privada, é professor de Direito Processual Civil e conselheiro nacional do Ministério Público; foi presidente da OAB/DF; diretor da OAB Nacional e juiz titular do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE/DF). “Ele também participou, como examinador titular, de inúmeras bancas de concurso público para ingresso nas carreiras da magistratura; da magistratura do Trabalho; do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e da Defensoria Pública da União, então, estamos falando de uma sumidade mesmo”, comenta, antes de esclarecer que, em sua gestão na ABA Goiás, pretende seguir, com fidelidade, as diretrizes definidas em nível nacional por Esdras, a fim de alavancar a carreira dos jovens advogados.

“Antes de mais nada – e já como parte de uma política alinhada com a ABA Nacional – não queremos e não vamos, de forma alguma, atuar de maneira a fazer oposição ou concorrência à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Pelo contrário, nosso objetivo é servir como mais um braço assistencial da instituição, como são hoje, por exemplo, a Casag e a ESA. Sempre com o objetivo primordial, que acredito ser de todos nós, de inserir a advocacia cada vez como uma categoria de peso na sociedade”, esclarece.

De acordo com Rodrigo, a intenção de Esdras é ter um diretor da ABA Nacional em cada uma das cidades brasileiras. “O último dirigente da ABA-GO foi o advogado Carlos Camozzi, cujo mandato terminou no ano passado. Agora, no final de julho, foram convocadas novas eleições e fui, então, com muita honra, eleito para sucedê-lo para o próximo triênio”, relata.

Rodrigo de Moura Guedes explica que a diretoria da ABA Goiás é composta por 8 cargos e há, ainda, mais 15 conselheiros consultivos, 3 conselheiros fiscais e 3 delegados confederativos. “Entre os membros dessa gestão, temos vários representantes do interior e isso foi proposital na composição da chapa porque queremos, de fato, possibilitar que nossas iniciativas alcancem concretamente o advogado que milita fora da capital”, comenta.

Rodrigo pretende focar sua gestão em três pontos essenciais: aperfeiçoamento, posicionamento e relacionamento.

Segundo ele, o aperfeiçoamento profissional dos advogados se dará por meio de cursos, palestras, simpósios, seminários, entre outros eventos, contando, antecipadamente, com o apoio e a parceria da OAB-GO e de suas subseções.

Com relação à política de “posicionamento”, o novo presidente da ABA Goiás explica que, a seu ver, determinadas situações que envolvem o interesse da sociedade exigem uma participação firme das instituições da sociedade civil organizada, daí porque pretende fazer com que a entidade tenha seu posicionamento explicitado a respeito dos mais variados temas. “Suponhamos que o Governo Federal pretenda discutir ou tratar da reforma tributária. Nós vamos então fazer um estudo e apresentar qual a posição da ABA Goiás a respeito. E assim com os demais temas: reforma previdenciária, segurança pública, saúde, educação. Não basta ver o problema e criticar. É preciso apresentar ideias e soluções”.

Para Rodrigo, a terceira vertente de sua gestão – o relacionamento – surgirá como resultado natural do posicionamento da entidade em meio à sociedade. “Por exemplo, essa questão da digitalização dos processos tem dificultado a atividade dos advogados. Vamos então até à OAB-GO para que, juntos, possamos fazer uma gestão da situação com o Tribunal de Justiça, discutir como isso pode ser resolvido. Sempre buscando um relacionamento cordial, amistoso e positivo, comenta.