Devido a Copa do Mundo, juiz antecipa júri popular dos acusados da morte de Valério Luiz para 7 de novembro

O julgamento dos acusados de envolvimento na morte do radialista esportivo Valério Luiz foi antecipado pelo juiz Lourival Machado, 2ª Vara Criminal dos Crimes Dolosos contra a Vida e Tribunal do Júri, em documento assinado na sexta-feira (24), em Goiânia. A sessão, que estava agendada para 5 de dezembro de 2022, foi remarcada para 7 de novembro do mesmo ano, por causa da Copa do Mundo do Qatar.

O magistrado justificou a mudança de data alegando que algumas testemunhas do caso trabalham com jornalismo esportivo e, por isso, podem ter que acompanhar presencialmente eventos da competição, que acontecerá no entre 21 de novembro a 18 de dezembro.

O julgamento do cinco réus já foi adiado quatro vezes. A última teve início no dia 13 de junho e, no dia seguinte, um dos sete jurados teria deixado o isolamento. Ele teria saído do hotel e ido sozinho em casa tomar remédio, o que resultou na quebra de isenção. Diante do ocorrido, o juiz Lourival Machado dissolveu o conselho de sentença.

Morte em 2012

Valério Luiz foi morto a tiros, aos 49 anos, quando saía da rádio em que trabalhava, no dia 5 de julho de 2012. Segundo a denúncia feita pelo Ministério Público, o crime foi motivado pelas críticas constantes de Valério Luiz à diretoria do Atlético Goianiense, da qual Maurício Sampaio, um dos réus, era vice-diretor. Atualmente, ele é vice-presidente do Conselho de Administração.

Além de Maurício Sampaio, respondem pelo crime Urbano de Carvalho Malta, acusado de contratar o policial militar Ademá Figueiredo para cometer o homicídio contra o radialista; Marcus Vinícius Pereira Xavier (que está em Portugal), que teria ajudado os demais a planejar o homicídio do radialista; e Djalma Gomes da Silva, que teria ajudado no planejamento do assassinato e também atrapalhado as investigações.