Defensoria quer garantir atendimento a portadores de autismo

A Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO), por meio do Núcleo da Saúde, busca na Rede Municipal de Ensino de Goiânia a garantia de atendimento às crianças portadoras de autismo. O tema foi pauta da reunião do defensor público da área da Saúde, Victor Lázaro Ulhoa Florêncio de Morais, com a secretária municipal de Educação, Neide Aparecida, no início da semana, na sede da Secretaria Municipal de Educação. Estiveram presentes a Gerente de Inclusão, Diversidade e Cidadania da Secretaria Municipal de Educação (SME), Surama Alves Amorim, e o Diretor Pedagógico da SME, Marcos Pedro da Silva.

O defensor público Victor Ulhoa solicitou à SME o quantitativo de crianças portadoras de necessidade especiais no município, as unidades onde são atendidas e também o número de profissionais envolvidos. O objetivo é traçar um panorama do atendimento na capital e garantir os direitos da população. “O papel da Defensoria, além de garantir os direitos do cidadão pela via judicial, é, também, buscar mecanismos para que essas demandas sejam atendidas na esfera administrativa, de forma que possamos dar agilidade ao atendimento que é garantido por lei”, frisa Victor Ulhoa. O defensor público fará audiências com representantes da saúde do município e também com entidades parceiras do poder público que atendem os portadores de necessidades especiais.

A SME atende, atualmente, 157 crianças autistas, matriculadas na Rede Municipal de Ensino. A DPE-GO atende, diariamente, pais de crianças portadoras de necessidades especiais que não tiveram atendimento na rede pública, incluindo os autistas. “Nosso objetivo é o mesmo, ou seja, atender a criança que precisa. Eu acredito que é possível firmarmos uma parceria com da Defensoria Pública para garantir o atendimento às crianças portadoras de autismo”, destaca a secretária Neide Aparecida.

Autismo
O autismo é um transtorno de desenvolvimento que geralmente aparece nos três primeiros anos de vida e compromete as habilidades de comunicação e interação social do indivíduo, e pode ser classificado como grave, moderado ou leve, e é causado por fatores genéticos e/ou ambientais.

O tratamento envolve intervenções psicoeducacionais, orientação familiar, desenvolvimento da linguagem e/ou comunicação. Dentre os profissionais envolvidos no acompanhamento estão os psiquiatras, psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e educadores físicos.

O Dia Mundial de Conscientização do Autismo foi comemorado no último sábado (02/04). A ONU revela que a doença atinge cerca de 70 milhões de pessoas no mundo, 2 milhões no Brasil. Fonte: Ascom/DPE-GO