Criminalista deixa defesa de mulher que confessou ter matado as filhas em Edeia

Izadora Alves de Faria suspeita de matar as filhas Maria Alice, de 6 anos, e Lavínia, de 10, em Edéia, Goiás — Foto: PM/Divulgação
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Após ter feito pedido de realização de exame de insanidade mental na mulher que matou as duas filhas, em Édeia, o criminalista Fabrício Póvoa deixou a defesa de Izadora Alves de Faria. O advogado alegou motivos pessoais para sair do caso.

Com a saída do advogado, a Defensoria Pública assumiu a defesa criminal da mulher. Em nota, a DPE-GO avisa que mesmo antes de assumir a defesa já tinha feito pedido de transferência da mulher para um hospital psiquiátrico, o que foi acolhido pelo juiz Hermes Pereira Vidigal. Isso ocorreu após Izadora ter tentado se matar dentro do presídio para onde foi levada após a prisão.

Na decisão, o juiz informa que a mulher teria tentado suicídio poucas horas depois de entrar na cadeia. Para o magistrado, não há dúvidas de que ele sofre de doença mental grave, fato que teria sido demonstrado durante a oitiva, após a prisão em flagrante dela.

O crime

O crime aconteceu na manhã do dia 27 passado, no Setor Samambaia, bairro de Edéia. O pai contou que chegou em casa por volta de 12h30, momento em que encontrou as filhas mortas. A esposa não estava no local e foi considerada, logo no início, suspeita pela polícia.

“O pai estranhou, porque ele sempre deixa o portão aberto. Ele chamou pela esposa, ninguém respondeu. Quando ele abriu, viu que tinha um colchão com cobertor na área da frente. Quando ele tirou o cobertor, ele viu que as duas filhas estavam mortas”, explicou o delegado responsável pelo caso, Daniel Moura.

Segundo o delegado, a mulher contou que matar as crianças foi um livramento para que elas não vivessem uma vida igual a dela. “Na cabeça dela, ela tinha feito um bem para as crianças. Ela acha que ela livrou as meninas de viver uma vida que ela viveu”, explicou o delegado.

Em depoimento, o pai das garotas contou que havia tido uma briga com a esposa um dia antes do episódio. Nela, Izadora teria ameaçado matar as filhas e tirar a própria vida. “O pai falou que o relacionamento dos dois estava conturbado e ela precisava fazer tratamento psiquiátrico porque não estava bem”, relatou o delegado.