Pix é seguro? Especialista esclarece dúvidas sobre proteção dos dados

As primeiras operações do Pix, sistema instantâneo de pagamentos, vão começar nesta terça-feira (3) e serão restritas a clientes selecionados pelas instituições financeiras. De acordo com o Banco Central, a medida faz parte de uma fase de testes que será realizada até 15 de novembro. No dia seguinte, 16 de novembro, o sistema entrará em operação para todos os usuários.

Mas desde que foi anunciado, o Pix tem gerado uma série de questionamentos em relação à segurança. Há também a preocupação com a privacidade dos gastos e possível monitoramento de transações pelos órgãos oficiais do governo. Diante disso, o advogado Rafael Maciel, presidente do Instituto Goiano de Direito Digital (IGDD), esclarece que não há motivo para desconfiança, já que o Pix segue o mesmo nível de segurança das transações de DOC e TED.

“O Pix é operacionalizado dentro do Sistema Financeiro Nacional. Assim, apresenta os mesmos padrões das outras transações. Vale lembrar que todas as informações são criptografadas, o que garante a segurança das operações. Além disso, apesar de ter acesso aos dados, o Banco Central não pode divulgá-los a terceiros sem que haja ordem judicial, como prevê a Lei do Sigilo Bancário”, explica Maciel.

Golpes

O advogado ainda alerta sobre as tentativas de fraude envolvendo o novo sistema de pagamento. Os golpistas enviam links falsos que, quando acessados, podem roubar dados pessoais e bancários. Ele reforça que o cadastro das chaves Pix deve ser feito diretamente nos canais oficiais das instituições financeiras, como aplicativo bancário, internet banking, agências ou por meio de contato feito pelo cliente à central de atendimento.

“É preciso ter bastante atenção. Os golpistas estão cada vez mais criativos. Não clique em links que direcionam para o suposto cadastramento, seja por e-mail, pelo WhatsApp, redes sociais, SMS, entre outros. A única forma de fazer isso é dentro dos canais oficiais dos bancos”, finaliza Maciel.