Cerealista Rosalito tem plano de recuperação judicial aprovado pela Justiça paulista

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A Cerealista Rosalito, importante empresa do agronegócio, reconhecida pelo plantio e comercialização de cereais, acaba de ter seu plano de recuperação judicial aprovado. A empresa tem uma dívida de R$ 70 milhões. O processo foi elaborado em conjunto pelos escritórios Marcos Martins Advogados e DASA Advogados.

Fundada pela família Pegorer, na cidade de Santa Cruz do Rio Pardo, em São Paulo, em 1984, a Rosalito atua no beneficiamento, comércio e transporte de grãos, especialmente arroz e feijão. A empresa chegou a faturar R$ 300 milhões no ano de 2019, alcançando a quinta posição de beneficiamento de arroz no Estado de São Paulo.

Contudo, devido a reestruturações societárias e à crise decorrente da pandemia, a companhia registrou uma brusca queda de receita, sendo obrigada a recorrer a empréstimos em instituições financeiras, que levaram ao comprometimento do caixa. A situação se agravou, sendo necessário, inclusive, suspender as atividades antes do pedido de recuperação judicial.

Diante desses fatos, a solução mais adequada para reestruturar a dívida e permitir o reestabelecimento das atividades foi a entrada no pedido de recuperação judicial.

O pedido foi ajuizado em 21 de janeiro de 2021 e envolvia grande desafio a empresa e aos escritórios a frente do processo de reestruturação, considerando, principalmente, o elevado endividamento bancário e a árdua negociação com os credores.

O Plano aprovado, elaborado e negociado em conjunto pelos escritórios prevê a alienação de Unidades Produtivas Isoladas da empresa que detém ativos industriais de primeira linha e altíssimo potencial de faturamento expressivo, compostas por máquinas e equipamentos de alta tecnologia e, inclusive, imóveis.

A expectativa, em virtude da qualidade dos bens que serão alienados é de um processo competitivo bastante concorrido, o qual será coordenado pelos profissionais dos escritórios Marcos Martins Advogados e DASA Advogados.

Desde o início, a empresa vem demonstrando intenção de negociar suas dívidas e tem trabalhado arduamente para superar sua crise financeira, reconhecendo sua importância social como geradora de empregos, pagamento de impostos e provedora de alimentos de alta qualidade.

O plano, que foi apresentado aos credores reunidos em assembleia, segue agora para homologação judicial. O processo, de número 1000101-23.2021.8.26.0539, está em trâmite na 3ª Vara Cível da Comarca de Santa Cruz do Rio Pardo.

Em nota, Carlos Deneszczuk, sócio da DASA Advogados, afirmou que “a recuperação judicial, conduzida por especialistas no assunto, tem como propósito solucionar conflitos de interesses empresariais, constituindo-se como instrumento eficaz para que empresas em delicada situação tenham a oportunidade de se reorganizar, e consequentemente, superar o momento de dificuldade com o escopo de manter de suas atividades e prosperar”.

Também em nota, Marcos Martins, sócio-fundador do Marcos Martins Advogados, ressalta que “a ferramenta jurídica da recuperação judicial é o melhor caminho para dar sobrevida às empresas atingidas pela crise, para a preservação da empresa, das suas atividades, e que proporcionará estímulo à economia e exercício da função social” e ainda afirmou: “é um imenso orgulho fazer parte da reestruturação de um grupo econômico que possui relevantíssima atuação no agronegócio brasileiro. Temos a total confiança de que será mais uma recuperação com êxito e que a empresa se encontrará plenamente reestruturada e de volta ao caminho do sucesso empresarial”.