Campos Belos retoma sessões do Tribunal do Júri com dois julgamentos esta semana

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As sessões do Tribunal do Júri na comarca de Campos Belos, no interior de Goiás, serão retomadas com a realização de dois julgamentos esta semana, amanhã (01/07) e na sexta-feira (02/07), Plenário do Fórum Criminal. Os júris estavam suspensos por força do Decreto Judiciário 666/2021, devido à pandemia da Covid-19. As sessões serão realizadas com todos os protocolos de segurança estabelecidos no decreto, como uso de máscaras e de álcool em gel, distanciamento entre os jurados.

O júri popular é aquele no qual é julgado crime doloso contra a vida, como, por exemplo, homicídio. A formatação dele exige a presença de sete jurados para ser realizado. Eles que decidirão se algum réu é culpado ou inocente e se deverá ser condenado ou absolvido por um crime. Também participam juiz, promotor, advogado de defesa e o réu.

Por suas caraterísticas, como o princípio da incomunicabilidade de jurados e testemunhas, era inviável a realização desse tipo de julgamento por meio 100% virtual, como tem ocorrido em outras audiências e sessões.

Sessões do Tribunal do Júri

Na retomada dos julgamentos em Campos Belos, será julgado, na quinta-feira, o réu Sávio Andrade Madureira, acusado de tentativa de homicídio. Segundo denúncia do Ministério Público de Goiás (MP-GO), em 2015, ele teria tentado matar Roney Brito da Silva. Já na sexta-feira, o julgamento envolve um caso de tentativa de feminicídio, que teria sido praticado, em 2019, por Aldair Cardoso dos Santos.

Os acusados serão defendidos pelo advogado Fabrício Cardoso Oliveira Póvoa, do escritório Fabrício Póvoa Advogados. Para o advogado, é a retomada das sessões do Tribunal do Júri são importantes tanto para o retorno da vida normal, quanto para os próximos processos e réus que aguardam julgamento há meses.

“É a resposta que a sociedade espera. Claro, com as devidas cautelas para salvaguarda de todos. Foram muitos meses sem júri, o que é muito tempo para uma comarca do tamanho de Campos Belos. Traz prejuízos diante da demanda que, em que pese a pandemia, não parou”, aponta o criminalista.

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