O Conselho Pleno da OAB Nacional aprovou, nesta terça-feira (22), por unanimidade, a criação de um grupo de trabalho para atuar para que a presença do advogado seja indispensável no âmbito dos Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejuscs). Na segunda-feira (21/8), os ministros do STF julgaram constitucional a disposição do CNJ que prevê a facultatividade de representação por advogado ou defensor público nos centros (ADI 6.324).
“É um tema que pulsa, é um tema amplamente explorado pela advocacia, não somente como exercer a profissão, mas também assegurar ao jurisdicionado o melhor direito e a melhor solução”, disse o presidente da OAB Nacional, Beto Simonetti.
A proposta de criação do grupo de trabalho foi apresentada pelo vice-presidente da seccional de São Paulo, Leonardo Sica. “No nosso entendimento, há um grande prejuízo para a cidadania. Nós temos estudos que mostram que acordos que são firmados desassistidos são posteriormente invalidados na Justiça”, afirmou.
O vice-presidente da OAB Nacional, Rafael Horn, presidirá esse grupo de trabalho. Segundo Horn, uma das frentes de atuação será via Congresso Nacional. “Há no Senado o Projeto de Lei Complementar 80, o qual obriga a presença da advocacia em todo tipo de conciliação. Em razão da relevância da matéria, mobilizamos a frente parlamentar (da advocacia) para desarquivar esse projeto que estava no Senado e, hoje, se encontra na Comissão de Constituição e Justiça aguardando tramitação”, disse. “Vamos atuar junto ao parlamento, ao CNJ e ao STF”, finalizou o vice-presidente da OAB Nacional.
O grupo de trabalho deve apresentar uma proposta no prazo de dez dias.