Como garantir os seus direitos na prova discursiva em concursos

Em alguns casos, a prova discursiva em concursos costuma ser determinante para a sua aprovação no concurso público.

É por meio dela que você vai mostrar que realmente tem o domínio do conteúdo a ser abordado. Sendo assim, conseguirá dar a largada rumo à aprovação e deixar a concorrência para trás.

Como nem sempre as coisas saem do jeito que a gente espera, algumas situações podem diminuir a sua nota ou, até mesmo, levar à reprovação. Nesses casos, a lei pode estar ao seu lado.

Mas, fique tranquilo, que vou lhe explicar tudo sobre os seus direitos na prova discursiva dos concursos públicos.

O que é a prova discursiva em concurso?

A prova discursiva em concursos públicos pode ser aplicada de várias formas, dependendo do concurso que você vai prestar, além do cargo e órgão da administração.

Assim, podem ter questões discursivas sobre determinado assunto ou, até mesmo, uma redação, aquela que muita gente tem medo de fazer.

Na prova discursiva, alguns fatores são analisados durante a correção, como: mostrar que você tem conhecimento sobre o assunto, além do  português também estar em dia para não perder nenhuma pontuação de gramática ou de linguística.

Por isso, é bom ficar de olho na concordância, na conjugação do verbo e por aí em diante.

Mas como saber o que vão cobrar? As bancas examinadoras costumam deixar bem claro no edital, quais serão os requisitos exigidos na hora da correção.

Em caso de questões específicas, algumas bancas costumam dar uma “pista” do conteúdo a ser abordado. Mas, em geral, todas elas explicam os critérios gramaticais e linguísticos que o concurseiro deve dominar.

Tipos de provas discursivas

Cada banca avaliadora tem um estilo de aplicação de prova diferente e, por consequência, o método de avaliação também é diferente.

Por esse motivo, é importante entender a banca avaliadora e suas cobranças assim que houver a publicação do edital. Acessar as provas anteriores também é uma boa opção para conhecer.

Caso o edital ainda não tenha sido publicado, você pode acessar os últimos editais e provas dos órgãos e cargos semelhantes ao que pretende concorrer.

1. Redação

A prova discursiva mais comum é a redação, ela costuma aparecer em provas de nível médio e técnico.

A redação deve ser feita com base no tema e nas atualidades que a banca examinadora traz.

O objetivo da banca é avaliar conhecimentos da língua portuguesa, o uso da norma culta e a capacidade de expressão do candidato, além de avaliar o repertório sociocultural e a capacidade de o candidato expor o seu ponto de vista de maneira crítica e fundamentada.

2. Questão discursiva

As questões discursivas aparecem em provas que requerem formação de nível superior. Elas podem vir em formato de questão aberta, estudo de caso ou peça prático-profissional.

Os três formatos exigem conhecimentos aprofundados em determinadas disciplinas que, via de regra, têm relação com a função que será exercida no cargo.

As respostas e o conhecimento do candidato nessa questão é a prioridade da banca.

Redação na prova discursiva dos concursos públicos

Inicialmente, ao ler a proposta que a prova traz, é essencial manter a calma. Em seguida o foco maior deve ser em não fugir do tema solicitado e ter:

  • clareza
  • simplicidade
  • objetividade

É ideal que aplique as três dicas acima. Além disso, evite repetições e tente manter a ordem direta das frases: sujeito > verbo > complemento.

A clareza ajuda na caligrafia e essa também é uma parte que deve ter atenção, pois o que pode ser claro para você, pode estar ilegível para outras pessoas.

O que pode levar à reprovação na prova discursiva?

Como a gente já falou aqui, é extremamente importante que você esteja por dentro de todos os critérios previstos no edital.

Dois fatores centrais costumam ser os temas de correção da prova:

  • o primeiro é a forma como você apresentou o texto, ou seja, se respeitou o gênero textual, a gramática, as margens, a ortografia, a caligrafia legível, etc.
  • o segundo quesito é saber se o tema foi abordado da forma certa, ou seja, se você seguiu aquilo que foi pedido.

No caso da redação, será avaliado se você foi fiel à proposta da banca.

Já no caso das questões discursivas, a banca vai avaliar se você respondeu de fato, o que lhe foi perguntado.

Em suma, o não cumprimento desses dois fatores, podem levar a reprovação do concurseiro, então é bom escrever tudo direitinho e não fugir do tema.

Na hora da correção

As provas discursivas são corrigidas por mais de um examinador. A nota final é a média entre todas as notas concedidas pelos examinadores.

Quando os conceitos ficam muito discrepantes, um novo avaliador também corrige as respostas escritas por você na prova discursiva.

Quando o concurso cobra resolução de questões, os avaliadores costumam ter uma resposta ideal, geralmente elaborada pelos autores da questão, nesse caso, a correção é feita com base nisso.

Quero recorrer da correção da prova discursiva?

Se você sentir que sua nota foi injusta, ou até mesmo errada, é possível entrar com um recurso para pedir uma nova correção ou anulação. Nesses casos, alguns fatores devem ser considerados, para garantir que ele seja deferido.

Primeiramente, é importante que o recurso seja claro e objetivo. Os prazos para sua submissão também devem ser respeitados conforme o edital, senão nada feito.

Quais são os procedimentos para recorrer do resultado da prova discursiva?

Caso o recurso administrativo contra o resultado da prova seja indeferido, é possível ainda pedir uma revisão judicial.

Para isso, é necessário provar que a banca tenha faltado com a transparência, isonomia ou até mesmo praticado uma arbitrariedade na correção da prova.

Nesse caso, recomendo que você fale com um advogado especialista em concursos públicos, porque esse profissional tomará as medidas na busca pelos seus direitos no concurso.

Gostou desse conteúdo e quer descobrir mais sobre os seus direitos enquanto candidato? Saiba quando e como entrar com uma ação judicial.