Abracrim se manifesta em favor de criminalista empurrada por PM em Central de Flagrantes

A Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas (Abracrim) e seccional goiana da entidade e a Abracrim Mulher e Comissão Nacional das Advogadas Criminalistas divulgaram nota de repúdio contra a agressão sofrida pela advogada goiana Tácia de Oliveira, durante o exercício profissional.

No último domingo (23), Tácio foi agredida por um Policial Militar (PM) do 8º Comando Regional da Policia Militar de Rio Verde. Imagens de uma câmera de vídeo mostram quando um PM empurra a criminalista, que estava na Central de Flagrantes da Polícia Civil da cidade. A advogada acompanhava dois clientes quando recebeu a “injusta agressão”.

Na nota é assinada pela presidente da Abracrim Sheyner Yàsbeck Asfóra; pela vice-presidente Adriana Maria Gomes de Souza Spengler; pela secretária-geral e presidente da Abracrim Mulher Ana Paula Trento; pela procuradora adjunta Daniel Aparecida Palosqui de Barros Burati; pelo presidente da Abracrim-GO, Alex Néder; por Marcelo Bareato, presidente em exercício da Abracrim Goiás; Luciana Valle, ouvidora e secretaria da Presidência da Abracrim Goiás; Janaína Pereira Ribeiro Borges, procuradora e presidente da Comissão de Direitos e Prerrogativas Abracrim Goiás; Olívia Castro, vice-presidente da Abracrim Mulher; Layla dos Santos Freitas; procuradora Nacional da Abracrim Mulher; e
Simone Cabredo, diretora da Abracrim Mulher.

Na nota, é informado que a entidade já protocolou pedido de providências junto ao Governo do Estado de Goiás contro o ocorrido. A OAB-GO também já se posicionou e cobrou a apuração do caso.

Notas da PM e Polícia Civil

Em nota, a Polícia Militar disse que, assim que tomou conhecimento do fato, determinou a abertura de um procedimento administrativo para apurar a circunstância do caso. A PM disse ainda que “não compactua com nenhum tipo de desvio de conduta e que o caso será apurado com o devido rigor”.

A Polícia Civil disse, em nota, que o delegado plantonista pediu o registro de uma ocorrência sobre o caso e também um exame de corpo delito. A corporação falou que, por se tratar de um crime, em tese, de abuso de autoridade, os fatos foram comunicados ao Ministério Público e ao comando regional da Polícia Militar para as devidas providências legais.