O professor Pettras Federico Di Felicio recorreu ao Tribunal de Justiça de Goiás contra a decisão que o condenou a pagar R$ 8 mil em indenização por danos morais ao dono de um curso preparatório para concursos e vestibulares em Goiânia, Carlos André Pereira Nunes. O autor da ação acusou o professor de postagens ofensivas no Facebook contra ele.
O advogado do proprietário da escola, Rafael Maciel, conta que Pettras lecionou no curso entre 2012 e 2014. Embora a saída do professor inicialmente tenha sido pacífica, ele explica que algumas questões trabalhistas, agora já resolvidas na Justiça do Trabalho, motivaram a publicação das mensagens. “Nas postagens, não constavam menções diretas ao dono da instituição de ensino, mas a prova testemunhal, bem como a análise dos comentários das publicações apontaram que ele era de fato o alvo”, informa.
Pettras, que assim como Carlos André é formado em Direito, negou ter direcionado as publicações ao ex-patrão, salientando que não citou seu nome uma única vez nas postagens. Ele recorreu contra a decisão da Justiça porque, segundo ele, os textos não faziam nenhuma referência ao colega. O TJGO ainda não julgou o recurso.
Apoio
Após a decisão condenatória, o professor, porém, começou uma campanha pelo Facebook, pedindo doação simbólica de R$ 2 reais, “uma corrente contra a injustiça do Judiciário brasileiro”. O post da campanha teve mais de 60 mil visualizações e 134 compartilhamentos.
Além do sucesso nas visualizações, mais de 200 pessoas se dispuseram a colaborar. Pettras, no entanto, garante que não aceitou doações em dinheiro. “O pedido financeiro foi simbólico. Não seria justo pedir dinheiro aos outros. A solidariedade aí está no abraço à causa”, contou o professor ao portal G1. Ele recebeu apoio de alunos de cinco escolas, além de ex-alunos, inclusive alguns que vivem fora de Goiânia.
