Polícia cumpre mandado de busca e apreensão na casa de jurado que deixou isolamento no dia do julgamento do caso Valério Luiz

A Polícia Civil cumpriu, na manha desta quinta-feira (28), mandado de busca e apreensão na casa do jurado de 27 anos que alegou ter passado mal para deixar o hotel, quebrando o isolamento exigido por lei e provocando com isso a interrupção do julgamento do caso Valério Luiz, no dia 14 de junho.

O objetivo da operação foi apurar se houve algum crime por parte do estudante de Direito. O juiz Lourival Machado, responsável pelo processo que apura os responsáveis pela morte do radialista, foi quem determinou que fosse investigada a conduta do jurado.

Na noite do primeiro dia julgamento, ele afirmou ser intolerante à lactose, comeu lasanha e estrogonofe. Mais tarde começou a passar mal no hotel e acabou indo até a casa dele. À Justiça, o jurado disse que foi buscar medicação para o mal estar.

A Operação

Na manhã de hoje, policiais apreenderam computadores, celular, pen drive e documentos na casa do jurado, na Vila dos Alpes. Segundo a polícia, as investigações apuram as reais circunstâncias em que ocorreu a quebra da incomunicabilidade do jurado.

Com a quebra do isolamento, o julgamento foi anulado após mais de 24 horas após o início da sessão, com a dissolução do Conselho de Sentença. Novo julgamento foi marcado para 5 de dezembro.

Morte em 2012

Valério Luiz foi morto a tiros, aos 49 anos, quando saía da rádio em que trabalhava, no dia 5 de julho de 2012. Segundo a denúncia feita pelo Ministério Público, o crime foi motivado pelas críticas constantes de Valério Luiz à diretoria do Atlético Goianiense, da qual Maurício Sampaio, um dos réus, era vice-diretor. Atualmente, ele é vice-presidente do Conselho de Administração.

Além de Maurício Sampaio, respondem pelo crime Urbano de Carvalho Malta, acusado de contratar o policial militar Ademá Figueiredo para cometer o homicídio contra o radialista; Marcus Vinícius Pereira Xavier (que está em Portugal), que teria ajudado os demais a planejar o homicídio do radialista; e Djalma Gomes da Silva, que teria ajudado no planejamento do assassinato e também atrapalhado as investigações.