Os três policiais militares acusados de atirar e matar o entregador Thiago Santos Viana, de 24 anos, após ele ter furtado um ônibus do transporte coletivo em Goiânia, foram absolvidos do crime de homicídio. O júri popular demorou mais de 10 horas e foi acompanhado pela mãe da vítima e familiares dos réus.
O crime aconteceu no dia 18 de outubro de 2010. Segundo as investigações, o jovem, que tinha transtorno bipolar, furtou um ônibus no Terminal Padre Pelágio, em Goiânia. Durante 1h30, o rapaz percorreu cerca de 30 km por ruas e avenidas da capital e só parou na Marginal Botafogo, onde foi baleado e morreu.
De acordo com a acusação, os policiais Kleuber dos Santos Moraes, Luiz Henrique Ribeiro e Roney Lopes de Menezes atiraram em Thiago depois que ele havia se rendido. Já a defesa sustentou que os réus agiram em legítima defesa, pois o jovem representava um grande risco ao dirigir o veículo em alta velocidade e de forma imprudente.
Durante a sessão, nove pessoas foram ouvidas, inclusive os policiais. Os familiares dos réus comemoraram a sentença absolvendo os policiais. “Não foi culpa deles, como eu sempre falei desde o início. Aquela hora foi o momento em que eles tiveram que agir”, disse Rejane Fagundes, esposa de Roney Lopes de Menezes.
Insatisfeita com o resultado, a mãe de Thiago disse que vai recorrer da decisão do júri. “Tem possibilidade ainda de reverter os fatos. O meu advogado vai recorrer. Eu não vou deixar impune não, porque o que eles fizeram com o meu filho foi execução”, disse a dona de casa Sandra Gonçalves. Fonte: G1
