Juíza ouve testemunha com problemas de saúde por chamada de vídeo do WhatsApp

O policial militar Kleuber Dos Santos Moraes era uma das principais testemunhas de um crime de tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo. Contudo, logo após a prisão do acusado, ele sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) e não pôde ser ouvida em audiência, o que atrasou o julgamento da ação. Para tornar mais ágil o processo, a juíza Placidina Pires, da 6ª Vara dos Crimes Punidos com Reclusão de Goiânia, ouviu, a testemunha, no dia 23 de maio passado, via chamada de vídeo do aplicativo WhatsApp.

Para a medida, a magistrada considerou que a testemunha não pode se locomover e está morando em Inhumas. Antes da iniciativa tecnológica, uma carta precatória foi expedida sem sucesso. Todas as partes – defesa e Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) – concordaram com a iniciativa e puderam fazer perguntas para o policial. “Dessa forma, não há que se falar em nulidade nem em prejuízo para o réu”, destacou Placidina.

Outro policial já havia sido inquirido em uma audiência anterior e, após a oitiva de Kleber, o acusado foi interrogado e confessou parcialmente a acusação feita, assumindo ter um revólver para “segurança pessoal” e 50 gramas de maconha para uso próprio. Na sequência, foram ouvidas as partes – MPGO e defesa – e o réu foi condenado a pena de três anos de reclusão no regime inicial aberto. Quanto às drogas, a imputação foi desclassificada de tráfico para uso de entorpecentes e reconhecida a ocorrência de prescrição, com o transcurso de dois anos. Fonte: TJGO

Processo 2016.0358.0420