O juiz da 7ª Var Criminal de Goiânia, Alessandro Manso e Silva, decretou a prisão preventiva do técnico em enfermagem que está sendo investigado por estupro de uma jovem de 21 anos que estava internada na UTI do Hospital Goiânia Leste. Ele se entregou na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), no final da manhã desta quarta-feira (29).
A vítima, de 21 anos, morreu no último domingo (26). Ela estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) após dar entrada por conta de crises convulsivas. Antes do óbito, ela relatou, em um momento de lucidez, a uma funcionária que teria sido abusada sexualmente por um técnico em enfermagem. O caso foi registrado na Polícia Civil, que foi quem pediu a prisão preventiva do investigado.
O magistrado justificou a decisão afirmando que a decretação da prisão preventiva do investigado se mostra imprescindível para “garantia da ordem pública (entendida também no viés da repercussão social do fato, o que aqui, a toda evidência, exporá o repúdio da sociedade a fatos da estirpe, sobretudo no âmbito das famílias, que, condoídas, sentirão o amargor da situação e se solidarizarão aos familiares da vítima, com o fito de amenizar-lhes o peso dessa cruz e tornar tal via dolorosa mais esperançosa de que o Estado intervém, no momento adequado e com sua força pujante, para frear impulsos desmedidos e recheados de antojos e abominações que mutilam os valores sociais), sendo necessária a segregação cautelar dele para elucidar todas as circunstâncias que permearam o evento delituoso”.
Inocência
O advogado do técnico em enfermagem, Leonardo Silva Araújo, afirma que o cliente se declara inocente. Conforme o defensor, o suspeito não se apresentou antes por temer pela própria vida e da família.
O Hospital Goiânia Leste informou, em nota, que, ao receber a denúncia de abuso “tomou as primeiras medidas” e que o “técnico de enfermagem acusado pela paciente foi imediatamente suspenso e afastado da sua função”. Também de acordo com a unidade de saúde, foi registrado um boletim de ocorrência pelos responsáveis da UTI, no último dia 21 de maio. Nessa mesma data, o funcionário “foi demitido por justa causa”.
A nota apontou ainda que “a causa da morte da paciente, em 26 de maio, não possui qualquer relação com os tristes fatos ocorridos”.
