A Diretoria do Fonajuc – Fórum Nacional de Juízes Criminais publicou nota em defesa da juíza goiana Vaneska Baruki. Um áudio obtido por uma emissora de TV de Goiás mostra o tenente-coronel Carlos Eduardo Belelli, preso nesta terça-feira (18) durante operação deflagrada pelo Ministério Público para apurar a existência de um grupo de extermínio, dizendo que foi alertado de sua prisão pela magistrada de Caldas Novas. Ela nega qualquer envolvimento no caso.
Na nota, o Fonajuc sai em defesa da magistrada avisando que as informações são calúnias lançadas sobre sua conduta funcional de forma leviana. “Trata-se de magistrada com currículo ilibado e atuação reconhecidamente correta, laboriosa e cujo trabalho se notabiliza pela dura resposta ao crime”, frisa.
Conforme o fórum, “uma pesquisa mais cuidadosa por parte da imprensa demonstraria, inclusive, que o próprio acusado negou suas afirmações em relação à juíza Vaneska ao ser interrogado no inquérito que ensejou sua prisão. O Fonajuc reforça sua solidariedade e destaca que não se trata da primeira vez que juízes honestos são falsamente acusados na tentativa de obstar a aplicação correta da lei ou obter manchetes falaciosas”.
Operação Circo da Morte
Além de Belelli, outros quatro militares foram presos ontem durante a Operação Circo da Morte. De acordo com o Ministério Público, eles são suspeitos de “divulgar mortes em confronto policial como atitudes legítimas, quando, na realidade, há suspeitas de homicídios praticados pelos militares investigados e até mesmo de simulações de situações de confronto com as vítimas”. Além disso, o grupo é suspeito de invadir a residência de um casal, retira-los à força, mata-los e ocultar os corpos.
No áudio, o tenente-coronel, que já foi comandante da PM em Caldas Novas, diz que recebeu informações privilegiadas. “É o Belelli… eu recebi a informação agora pela Baruk. Aliás, tomara que você não comente isso com ninguém. Saiu o mandado de prisão nosso. Você já deve tá sabendo, né? Qualquer coisa liga aqui”, diz no áudio.
