A Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO) providenciou, na tarde de sexta-feira (21), a transferência de quatro advogados, que estavam presos no Núcleo de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, para um alojamento especial, nas dependências da Polícia Civil. O Sindicato dos Advogados do Estado de Goiás (Saeg) afirma que a novidade atendeu reivindicação da instituição.
Os quatro advogados são Paulo Roberto Borges da Silva, Alex Paulino Oliveira, David Ferreira da Silva e Thiago Hauscar Santana Vidal. Eles foram presos na quarta-feira (19), durante a Operação Livramento, deflagrada pela Polícia Civil, em Aparecida de Goiânia.
De acordo com o presidente do Saeg, Alexandre Ramos Caiado, a permanência dos advogados no Núcleo de Custódia fere as prerrogativas da advocacia, uma vez que se trata de local idêntico a celas de segurança máxima, para onde são encaminhados presos de altíssima periculosidade, que chegam, inclusive, a ser submetidos ao chamado “regime disciplinar diferenciado”. “Estive pessoalmente lá e pude perceber que os advogados foram recolhidos em celas com colchões espalhados no chão, juntamente com dezenas de outros presos”, salientou Caiado.
Após conseguir a transferência dos advogados para um alojamento mais “condigno”, o Saeg aguardará, agora, a apreciação de pedido de prisão domiciliar dos advogados em questão, feito pelo sindicato, conforme prevê o Estatuto da Advocacia nos casos em que não há sala de Estado Maior, como Goiás, disponível para acomodação.
