O advogado goiano Jonas Batista, de 32 anos, afirma ter sido vítima de racismo, por ser negro, em agência do Banco do Brasil de Anicuns, município localizado a cerca de 80 quilômetros da capital. O causídico, que gravou no celular toda a situação, conta que foi barrado pelo segurança ao tentar entrar na agência que, sem nenhuma justificativa aparente, permitiu a entrada de vários outros clientes, exceto a sua. A polícia chegou a ser acionada. As informações são do Portal Mais Goiás.
O caso teria acontecido no dia 22 passado, quando o advogado acompanhava uma cliente que precisava tomar conhecimento sobre valores retidos no banco. Ele conta que ao tentar passar pela porta giratória foi barrado pelo segurança. Batista diz que aguardou, então, sua vez de ser chamado a entrar. No entanto, uma mulher loira chegou e, passando na sua frente na fila, adentrou sem problemas a agência. O mesmo aconteceu com mais três clientes.
Questionado, o segurança ignorou o advogado mas deixou a cliente dele entrar. No entanto, a mulher, que tem problemas mentais, ficou assustada ao se ver na agência sem a presença do causídico. Por isso, Batista conta que começou a se exaltar diante da passividade de outros funcionários que ouviam suas reclamações. Outras pessoas, vendo o que aconteciam, acionaram a Polícia Militar. Com a chegada da PM, ele conseguiu entrar no banco.
Ao questionar a gerência sobre o motivo de ter sido barrado na entrada, ouviu que o episódio ocorreu devido às ações preventivas contra a Covid-19, que impediam a entrada de muitas pessoas ao mesmo tempo no local. No entanto, ele refuta a motivação alegando que se este fosse o caso os demais clientes também deveriam ter tido a entrada restringida. Inconformado com o ocorrido, ele avisa que vai acionar o banco por racismo.