MP-GO denuncia personal trainer por tentativa de homicídio contra namorada

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O Ministério Público de Goiás (MP-GO), por intermédio da 93ª Promotoria de Justiça de Goiânia, ofereceu denúncia contra o personal trainer Murilo de Morais Segurado, por tentativa de homicídio praticado contra Fabrícia Silva Guimarães, com as qualificadoras de utilização de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, meio insidioso e cruel e por ser cometido no contexto da violência doméstica e familiar. O crime ocorreu no dia 28 de agosto deste ano, no Residencial Eldorado. O denunciado foi preso em flagrante por um policial civil e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva.

De acordo com a denúncia, subscrita pelo promotor de Justiça Danni Sales Silva, o personal trainer tentou matar a vítima, com que namorava há quatro anos, desferindo contra ela socos e pontapés. O relacionamento do casal era marcado por desavenças e históricos de agressões físicas em razão do comportamento agressivo de Murilo, narra a denúncia.

No dia do crime, o casal discutiu por motivos banais e Murilo Segurado foi até o apartamento de Fabrícia Guimarães, argumentando que desejava conversar com ela. A mulher disse que estava indo a igreja e o personal trainer se dispôs a acompanhá-la. Os dois entraram no veículo da mulher, mas ele ficou agressivo.

Fabrícia Guimarães, de acordo com a denúncia, pediu para Murilo Segurado descer do veículo, sendo que ele se negou a atendê-la. A mulher, então, saiu do carro e o personal trainer, logo após também desembarcar, a acertou com um soco na cabeça. Ela caiu e sofreu uma sequência de golpes, sendo atingida várias vezes na cabeça. A vítima teve o braço quebrado.

Mesmo diante de um policial civil que passava pelo local, Murilo Segurado continuou as agressões. Ele só parou de socar e chutar a vítima depois que o policial disparou um tiro para o alto. O denunciado, então, tentou fugir, mas foi detido.

De acordo com Danni Sales, Murilo Segurado utilizou de recurso que dificultou a defesa da vítima, por ter compleição física forte e, com o primeiro golpe, ela caiu ao chão, não esboçando reação. Segundo o promotor de Justiça, também usou meio insidioso e cruel, causando-lhe intenso sofrimento, “velando brutalidade fora do comum e insensibilidade, em contraste com o mais elementar sentimento de humanidade”.

Murilo Segurado foi preso em flagrante. Durante a audiência de custódia, realizada na da 3ª Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri de Goiânia, o juiz Jesseir Coelho de Alcântara converteu a prisão em flagrante em prisão preventiva. Ele também teve um pedido de revogação de prisão negado pelo magistrado. (Assessoria de Comunicação Social do MP-GO)