Joaquim Barbosa pede aposentadoria

O ministro Joaquim Barbosa comunicou que vai deixar o cargo de presidente e ministro do STF para se aposentar. Ele deve oficializar a aposentadoria na tarde desta quinta-feira, 29, na sessão plenária da Corte.

O ministro brincou com Henrique Alves, presidente da Câmara, e disse que seu primeiro projeto de aposentadoria é “assistir aos jogos da Copa”. “Estamos com uma grande expectativa para os jogos da Copa.”

O presidente do STF disse aos senadores que pretende “se dividir entre Brasília e o Rio de Janeiro” depois que sair da Corte.

Barbosa teria avisado aos colegas ontem que iria redistribuir o processo do mensalão, o que teria sido um indicativo de que ele se aposentaria.

O novo relator do mensalão será escolhido pela presidente Dilma – os processos de Barbosa serão redistribuídos para o novo ministro que entrará na Corte. No entanto, até que isso ocorra, o relator é o ministro Lewandowski.

Joaquim Barbosa sofre há anos de uma lesão no quadril que constantemente o afasta da Corte para tratamento no exterior. Contudo, o ministro não informou os motivos de sua saída antecipada do STF. De acordo com ele, o motivo surgirá “no momento oportuno”.

De olho lá

Ao ir ao Congresso dar a informação da aposentadoria, Barbosa cria fato político a dar indicativos de seu futuro. Juntamente com Ronaldo, JB deve integrar o staff da campanha de Aécio. O ministério das Relações Exteriores é o sonho a ser atingido.

Durante o julgamento da famigerada AP 470, iniciado em agosto de 2012, o ministro foi alvo de campanha nas redes sociais para à presidência do país. Desde então Barbosa sempre negou aspirações políticas.

Presidência

O ministro assumiu a direção do STF e do CNJ no dia 22 de novembro de 2012. Com a saída antecipada de Barbosa, o atual vice-presidente da Corte, ministro Lewandowski, assumirá antecipadamente a presidência da Casa.

No início do ano, Barbosa – responsável pela pauta do plenário – havia informado que priorizaria na Corte o julgamento de processos que diziam respeito aos planos econômicos, financiamento de campanhas eleitorais, biografias não autorizadas e a questão dos royalties do petróleo. Fonte: Migalhas