O Instituto Goiano de Direito (IGD) lançou, na noite desta quarta-feira (13), em solenidade realizada no Centro Cultural Oscar Niemayer, em Goiânia (GO), seu curso de graduação em Direito. Apesar de ser o 92º curso oferecido em Goiás, ele chega com a promessa de revolucionar o ensino jurídico no Estado. Segundo João Augusto Castro, diretor pedagógico, sócio do IGD e professor de processo civil, o curso foi pensado para romper com o modelo tradicional.
Ele afirma que os cursos de Direito, além da grande quantidade ofertada, deixaram de ser atrativos para essa nova geração cada dia mais célere, com necessidade de resolver problemas reais e de se envolver naquilo que faz. “É questão vital formarmos um profissional para o mercado de 2030, que não sabemos com será. Então teremos de entregar um profissional inventivo, protagonista do seu próprio tempo e resolvedor de problemas”, frisa.
Castro explica que curso segue um método autoral, depois de anos de pesquisa feito pelo IGD, que iniciou suas atividades em 2017 oferecendo cursos de pós-graduação e preparatórios para as provas da OAB. Segundo ele, toda construção do conhecimento será feita a partir de problemas reais apresentados aos alunos, que terão inicialmente de passar por dois anos com aulas em período integral.
Além disso, de acordo com ele, os conteúdos exigidos pelo Ministério da Educação para o curso de Direito serão apresentados de forma que o estudante consiga resolver um problema por mês e quatro por semestre. No final do curso serão 40 problemas reais solucionados.
“É inconcebível pensar que hoje um aluno se forma se ter se debruçado sobre nenhum problema real. É o mesmo que pensarmos num estudante de medicina que conclui a graduação sem ter feito pelo menos uma sutura”, afirma o diretor pedagógico.
“Por isso concebemos um curso inteiro rastreado na prática jurídica”, avisa, alertando que mesmo o professor conteudista estará engajado para ajudar a formar novas habilidades para que o aluno termine ao final do mês conseguindo resolver os problemas a ele apresentados.
E essa resolução, conta Castro, pode vir na forma da resolução do problema em si ou mesmo na apresentação de um projeto a ser levado a uma empresa ou na elaboração de um anteprojeto de lei em favor do cidadão. “A gente acredita que se não envolvermos o aluno no ápice da sua vontade de aprender nós vamos perder a sua atenção e o ensino não será eficiente”.
40 vagas
O diretor pedagógico conta que inicialmente serão oferecidas 40 vagas para o período matutino, sendo os dois primeiros anos com aulas em período integral. A primeira turma terá início em fevereiro, mas o vestibular está marcado para outubro.
Além do vestibular, o IDG aproveitará notas do Enem. “Mas não é só isso, os aprovados passarão por entrevistas para verificarmos se o aluno é aderente ao projeto oferecido pelo instituto”, diz.
Castro assegura que o novo curso do IGD não é projeto para todos os tipos de alunos. “É ideal para aquele que pensa em ser protagonista, se enxerga resolvendo problemas e apresentando soluções.”