Em reunião, professores da rede municipal em greve não chegam a acordo. Novo encontro ficou agendado para amanhã

Professores da Rede Municipal de Educação se reuniram na manhã desta segunda-feira (14) com procuradores, vereadores e com a secretária de Educação, Neyde Aparecida, mas não chegaram a um acordo e por isso ficou marcada uma nova reunião para amanhã na Secretaria Municipal de Educação (SME).

Os professores estão irredutíveis sobre a questão do auxílio locomoção, razão pela qual os grevistas decidiram ocupar a Câmara, já que são contra a emenda do projeto que previa que todos os professores com carga horária de 30 horas semanais recebessem o benefício de locomoção no valor de R$ 319, divididos em três níveis de auxílio, com valores que variam conforme a carga horária de trabalho. Os valores estabelecidos no projeto são de R$ 133,30 para 20 horas semanais, R$ 200 para 30 horas semanais e de R$ 266,60 para 40 horas semanais.

As 10h será feita uma nova assembleia na Câmara Municipal de Goiânia para apresentar aos grevistas a proposta da Prefeitura de Goiânia.

Parados há 20 dias e ocupando o prédio do legislativo municipal há seis dias, a Justiça já determinou a desocupação do plenário, mas os grevistas se recusaram a receber o ofício. Na última quarta-feira (9), o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) aceitou o pedido de reintegração de posse feito pela diretoria da Câmara Municipal e determinou que os cerca de 300 professores acampados deixem o local. A juíza Jussara Cristina Oliveira Lousa, da 3ª Vara da Fazenda Pública Municipal e de Registros Públicos, informou que a retirada dos grevistas deve ser feita “de forma pacífica, comedida e moderada, sem uso de violência ou qualquer outro meio que possa colocar a integridade física dos ocupantes em risco.”

Eles querem negociar o benefício de transporte para todos os professores e auxiliares educativos, o fim do parcelamento da data-base, o enquadramento dos auxiliares educativos como funcionários do magistério e melhores condições de trabalho.

A greve contraria a decisão da desembargadora do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) Beatriz Figueiredo Franco, que determinou, por meio de uma liminar, a suspensão da greve e retomada das aulas. Fonte: G1/Goiás