Denunciado por morte de garçom em boate será ouvido nesta quinta-feira

Denunciado pela morte do garçom Edmar Cavalcante Rebelo Filho, Cairo Petrucci de Paiva, de 22 anos, será ouvido em audiência nesta quinta-feira, a partir das 9h30, pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 1ª Vara Criminal de Goiânia. Preso preventivamente, ele foi denunciado pelo promotor Maurício Gonçalves de Camargos, por homicídio com as qualificadoras de motivo fútil e emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Serão ouvidas oito testemunhas de acusação e quatro de defesa.

O crime ocorreu na madrugada de 19 de fevereiro deste ano, na Boate Pink Elephant Tour, na Rua 139, no Setor Marista. Segundo a denúncia do MPGO, a vítima foi até a boate com o cunhado Jakson e o amigo Diayson Viana. O três chegaram ao estabelecimento aproximadamente à meia-noite. Por volta das 2h20, Cairo de Paiva e outros dois amigos tentaram entrar na casa, mas foram impedidos pelos seguranças, sob o argumento de que o expediente já estava terminando.

Cairo de Paiva e os amigos permaneceram na porta da boate. Antônio, Jakson e Diayson resolveram ir embora. Antônio e Diayson foram para a portaria, enquanto Jakson providenciava o pagamento da conta. A vítima e o amigo estavam com uma garrafa de cerveja cada e sentaram-se em uma mureta na varanda da boate. Neste momento, de acordo com a denúncia do MPGO, Cairo de Paiva e os dois amigos decidiram ir embora e, quando saiam, ele derrubou a garrafa da vítima intencionalmente. Teve início, então, uma rápida troca de palavras entre eles, mas sem que houvesse troca de agressões físicas. Segundo o órgão ministerial, o suspeito disse na delegacia, para onde foi levado depois de preso em cumprimento a mandado de prisão temporária, que após a discussão e ao chegar ao carro de um dos amigos, este o entregou uma pistola e instigou a atirar na vítima.

O juiz Jesseir Coelho de Alcântara, ao receber a denúncia contra Cairo Petrucci de Paiva, no dia 3 de maio, converteu a prisão temporária em preventiva. Ele acatou os argumentos do MPGO, de que o crime abalou a sociedade pela futilidade da motivação e a liberdade do suspeito representa sentimento de insegurança e descrédito. O magistrado determinou também à Delegacia de Investigação de Homicídios a realização de investigação complementar para apurar a participação de duas outras pessoas no homicídio. Fonte: TJGO