Denunciadas quatro pessoas pelo homicídio e ocultação de cadáver de rapaz em Palmeiras

A Promotoria de Justiça de Palmeiras de Goiás ofereceu denúncia contra os acusados de envolvimento na morte e ocultação de cadáver de um rapaz no município. Hélio de Oliveira Gomes Júnior foi denunciado pelo homicídio qualificado (artigo 121, parágrafo 2º, incisos II e IV, do Código Penal) e ocultação do cadáver (artigo 211 do CP) de Wanderson Chaves Leite, enquanto Dimar de Sousa Cruz, Carlos Caetano da Silva e Regimar Rodrigues de Sousa estão sendo acusados de ocultação de cadáver, em concurso de pessoas (artigo 29, do CP).

O promotor de Justiça Eduardo Silva Prego relata que o inquérito policial apontou que Hélio Júnior matou a tiros Wanderson, por volta das 2h40 de 24 de outubro deste ano, em um galpão localizado na Rodovia GO-050, na zona rural do município. Segundo a denúncia, o crime foi cometido por motivo fútil e com emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

O corpo de Wanderson Chaves Leite foi embrulhado em uma lona e amarrado com uma corda. Hélio Júnior, Dimar, Carlos e Regimar enterraram a vítima em um buraco escavado com uma retroescavadeira em uma fazenda no município de Cezarina.

Acusado discutiu com vítima em bar

Consta da denúncia que, no dia do crime, Hélio Júnior chegou a um bar de Palmeiras, por volta da meia-noite, embriagado e conduzindo a sua caminhonete. A vítima estava no local. Por não ter sido atendido da forma como queria, ele desceu do veículo portando uma arma de fogo e foi até o balcão do estabelecimento, local em que Wanderson estava.

Ao chegar ao balcão, Hélio Júnior começou uma discussão com a vítima, tendo encostado o revólver no rosto do rapaz. Com isso, o dono do bar insistiu para que ele fosse embora, não tendo sido atendido.

Em seguida, Hélio Júnior passou a conversar com Wanderson  em uma mesa que estava situada do lado de fora do bar. Ele chegou a efetuar um disparo para o alto. A vítima e o amigo foram embora, mas os dois acabaram sendo seguidos e convencidos a entrar na caminhonete.

Os três passearam pela cidade, até que Hélio Júnior deixou o amigo da vítima em sua residência, em um bairro da cidade. Em seguida, depois de 40 minutos dentro do carro com a vítima, ele sentiu falta de seu aparelho celular e voltou a discutir e a acusá-lo pelo furto.

Após isso, os dois se dirigiram até o galpão de maquinários de propriedade do denunciado. No local, conforme apontado na denúncia, os dois foram até um caminhão, onde Dimar dormia. Os três seguiram para a cozinha, onde houve nova discussão entre Hélio Júnior e Wanderson, e ele atirou no ombro da vítima. Em seguida, entrou no escritório, pegou uma espingarda e disparou contra a cabeça de Wanderson. Com a vítima caída, deu mais um tiro em seu corpo.

Após o homicídio, segundo a peça acusatória, Hélio Júnior ligou para Carlos e Regimar, que embrulharam o corpo do rapaz, carregaram até a caçamba da caminhonete e levaram para a fazenda onde foi enterrado. Fonte: MP-GO