Os advogados de João de Deus vão tentar nesta segunda-feira (17) flexibilizar o regime de custódia do médium que se entregou e foi preso na tarde deste domingo (16). A defesa vai propor o regime domiciliar da restrição de liberdade com monitoramento por meio de tornozeleira eletrônica. Ele está preso em uma cela do Núcleo de Custódia, área de segurança máxima do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia.
A alegação é que João Deus é uma pessoa idoso e com problemas de saúde, inclusive, relataram que João de Deus precisou tomar um remédio no ato da prisão. O advogado Alberto Toron, argumentou que a prisão preventiva não tem caráter de castigar o suspeito.
O líder espiritual João de Deus foi preso neste domingo por volta das 16 horas em Abadiânia, em uma estrada vicinal próxima à BR-060. A entrega foi negociada entre a PC-GO e a defesa do médium. O lugar ermo no qual se deu o fato, disse a defesa, foi escolhido para garantir a segurança de João de Deus.
O mandado de prisão foi expedido pela Justiça na última sexta-feira. A ordem para detenção partiu da PC-GO e teve como base 15 depoimentos de mulheres que prestaram queixas contra o médium. Ele era considerado foragido e seu nome já havia sido incluído na lista da Interpol.
Embora existam 335 denúncias que chegaram à força-tarefa montada pelo Ministério Público Estadual de Goiás (MP-GO), o delegado André Fernandes sustenta que o caso ficará nas mãos da PC. Apesar do volume de denúncias, as investigações vão se concentram nos supostos crimes sexuais, porém, denúncias de extorsão, que também têm sido feitas, poderão ser verificadas com mais cuidado futuramente.
Força-tarefa
Apesar da prisão de João de Deus, o MP-GO continua recebendo queixas que podem ser encaminhadas pelo e-mail denuncias@mpgo.mp.br, pelos telefones 62 3243-8051 e 8052 ou presencialmente. As possíveis vítimas de outros Estados e até de fora do Brasil podem ser ouvidas por meio de videoconferência, no local onde estiver residindo.
