Boate Insomnia: acusados vão a júri popular

O juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 1ª Vara Criminal de Goiânia,  mandou a júri popular, nesta segunda-feira (8), Marlon Ferreira Borba e Flávio Lacerda Viana acusados do homicício de Daltovan Dias Nunes Júnior, Luan Carlos Libânio Santos e Alinne Silva Campos, além da tentativa de homicídio de Lucas Barbosa de Oliveira, Ubaldo Sérgio Carvalho Júnior e Douglas Farias Cardoso. O crime ocorreu na Boate Insomnia, em Goiânia, em 18 de janeiro deste ano e se deu por causa de Paloma, namorada de Flávio e ex-namorada de Daltovan.

O Ministério Público de Goiás (MPGO) pleiteou a pronúncia dos acusados e a defesa, por sua vez, requereu a exclusão das qualificadoras. Os denunciados alegaram que praticaram o crime em legítima defesa, devido as ameaças de Daltovan a Flávio e que não tinham a intenção de atingir outras pessoas.

Jesseir Coelho observou, contudo, que os réus não conseguiram apresentar provas de suas alegações. Para o magistrado, “provavelmente os denunciados assumiram o risco de atingir as demais vítimas, tendo em vista que atiraram por diversas vezes, indicando que não estavam preocupados com quem poderiam atingir”.

O magistrado ressaltou que a materialidade delitiva ficou comprovada pelos laudos cadavéricos e por relatórios médicos e que as qualificadoras devem ser mantidas porque há indícios de que os crimes foram cometidos por vingança e que as vítimas foram atingidas repentinamente, o que tornou impossível, a elas, se defenderem.

O caso

O crime ocorreu por volta das 4 horas da madrugada quando Marlon e Flávio mataram, a tiros, Daltovan, Luan Carlos e Alinne e tentaram matar Lucas, Ubaldo e Douglas, fugindo do local em seguida.

A polícia foi acionada e perseguiu os suspeitos, que foram presos e confessaram o crime. Murilo Silva Sales Morais, que acompanhava Marlon e Flávio, foi morto após ter reagido à abordagem policial. Flávio e Marlon foram acusados por homicídio qualificado por motivo torpe – por ter impossibilitado a defesa das três vítimas – e tentativa de homicídio qualificado por motivo torpe. No total, foram seis vítimas.