Aos 71 anos, oficial aposentado se forma em Direito e ingressa nos quadros da OAB-GO para realizar sonho da juventude

“A transpiração tem muito mais valor que a inspiração”. Era com esse lema que o advogado Léo Sérgio Vicenzi, de 71 anos, vencia diariamente os 76 quilômetros que separam Luziânia, cidade onde mora, e Cristalina, município onde está localizada a faculdade onde ele cursou Direito.

A frase e a persistência foram os motores que impulsionaram o mais novo advogado que ingressou nos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) oficialmente nesta segunda-feira (28), ao receber sua carteira de identidade profissional, durante solenidade realizada no Auditório Eli Alves Forte, na sede da Seccional, no Setor Marista, em Goiânia.

“Quando eu tinha 15 anos, eu pretendia cursar Direito mas, por problemas econômicos, eu não fiz e acabei fazendo um concurso. Sempre fiquei com vontade de fazer advocacia. Então quando eu completei 66 anos eu decidi fazer (o curso de Direito)”, relembra aos risos de satisfação pelo sonho realizado.

Léo Sérgio foi militar da Aeronáutica dos 15 aos 66 anos. Nesse intervalo, o desejo por seguir carreira na advocacia foi apenas adiado. Quando veio a aposentadoria, ele conseguiu realizá-lo. Cursou Direito na Faculdade Central Cristalinense (Facec), para onde se deslocava diariamente. “Eu sempre gostei de dirigir”, destaca.

Agora, na advocacia, ele pretende observar para onde as oportunidades de trabalho o levarão, mas revela a vontade de atuar na área do Direito Tributário. “Eu era oficial intendente e cuidava da parte administrativa na Aeronáutica. Nessa área de trabalho é necessário que você conheça de Direito Tributário, então essa área está mais afeta à minha profissão anterior”, conta.

Para Léo Sérgio, as dificuldades que porventura surgirem não impedirão a conquista de um sonho que está só no começo. Com olhar otimista e um sorriso tímido no rosto, ele deixa uma mensagem de inspiração: “Se lutarmos, obteremos e conseguiremos o sucesso. Então é das palavras resiliência e persistência que devemos tirar forças”, finaliza. Fonte: OAB-GO