Advogado agredido em Goiânia presta depoimento hoje na Corregedoria da Polícia Civil

O advogado Orcélio Ferreira Silvério Júnior, de 32 anos, será ouvido nesta sexta-feira (23) na Corregedoria da Polícia Civil. O depoimento acontecerá após Policiais Militares do Grupamento de Intervenção Rápida Ostensiva (Giro) terem imobilizado o advogado depois de agredi-lo física e verbalmente, conforme vídeos que circulam nas redes sociais.

O advogado será acompanhado durante depoimento na Corregedoria da Polícia Civil por membros da Comissão de Direitos e Prerrogativas (CDP) da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO).

Além das agressões dos PMs, o advogado alega ter sido vítima de intimidações dentro da delegacia de polícia e Central de Flagrantes, antes da chegada de representantes classistas. O delegado responsável pela Lavratura do Boletim de Ocorrência, após ele ter sido levado à Central de Flagrantes, declinou da atribuição de abertura do Inquérito Policial (IP), por entender tratar-se de suposto crime cometido por Policiais Miliares, o que demandaria a abertura de inquérito pela Corregedoria da Polícia Militar.

Além de ter sido agredido nas imediações do camelódromo da Praça Bíblia, pelos PMs, o causídico denunciou que também foi sofreu violência física dentro da Central de Flagrantes, antes da chegada de representantes da OAB-GO e de outras instituições, como a AGcrim e Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas de Goiás.

Investigação pelo MP-GO

Orcélio Júnior esteve no Área de Atuação Criminal do Centro de Apoio Operacional (CAO) do Ministério Público de Goiás nessa quinta-feira (23). Acompanhado do membro da Comissão de Direitos e Prerrogativas das OAB-GO Alexandre Carlos Magno Mendes Pimentel, ele externou irresignação com o ocorrido.

Ao MP-GO, ele relatou resumidamente como os fatos se desenvolveram. O coordenador da Área Criminal, promotor de Justiça Felipe Oltramari, informou que o feito já havia sido distribuído para a Promotoria de Justiça detentora da atribuição para atuar no caso, bem como explicou a existência de solicitação da promotora de Justiça responsável para atuação conjunta do Núcleo de Controle da Atividade Policial do MP-GO (NCAP) na instrução do procedimento investigatório.

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