Proposta do TJGO que cria 26 novos cargos de desembargador e 5 câmaras julgadoras é aprovado em primeira votação

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Foi aprovada em primeira votação, nesta quinta-feira (20), pela Assembleia Legislativa de Goiás, o Projeto de nº 1981/22, encaminhado pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO). A proposta prevê a criação de 26 novos cargos de desembargador, com a elevação do total para 78. A matéria também trata da criação de quatro novas Câmaras Cíveis, elevando o número total para 11. E, ainda, a criação de uma nova Câmara Criminal, totalizando quatro no Estado.

O presidente do TJGO, desembargador Carlos Alberto França, esclarece, na propositura, que a principal finalidade é a promoção da melhoria da prestação jurisdicional, tendo em vista o exponencial aumento da demanda processual no âmbito do Poder Judiciário nos últimos anos. Segundo ele, o atual volume de trabalho alcançou níveis alarmantes, o que tem exigido a busca de soluções administrativas visando incrementar a estrutura de atendimento da atividade finalística, sem que isso acarrete em aumento de despesas, em prol do interesse público e em benefício de toda a sociedade goiana.

De acordo com a justificativa apresentada, essa elevação tem repercutido no quantitativo de recursos interpostos, o que é agravado pela variedade de recursos previstos na legislação processual. “O certo é que o segundo grau de jurisdição está recebendo, nos últimos tempos, um número avassalador de recursos, sendo necessária a adoção de providências para que a prestação jurisdicional possa ser ofertada atempadamente e com maior qualidade”, expõe Carlos França.

Ainda na exposição dos motivos que elencam a necessidade da medida proposta por meio do projeto de lei, o desembargador destaca que a estrutura e composição atual do TJGO não mais suportam o elevadíssimo volume de recursos e ações originárias a serem apreciadas, dando causa a uma carga extenuante de trabalho. “Com sessões de julgamento que, facilmente, alcançam dez horas de duração”, pontua.

Diante dessa situação Carlos França aponta que a administração do órgão promoveu um estudo técnico comparativo entre tribunais de Justiça, a respeito da quantidade de desembargadores, estrutura de gabinetes, população de cada unidade federativa e, especialmente, dados relativos à demanda judicial em segundo grau disponibilizados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Segundo o chefe do Poder Judiciário, o levantamento concluiu que, para atender à demanda e não incorrer em aumento de despesas, seria necessária, em Goiás, a reestruturação dos gabinetes de desembargadores, reduzindo-se o número de servidores lotados na assessoria, do atual número de 14, para nove servidores por unidade. Em contrapartida, prevê a criação de 26 novos cargos de desembargador e a criação de cinco novas câmaras julgadoras.

De acordo com o presidente do TJGO, desembargador Carlos França, a proposta atende, a um só tempo, às duas hipóteses previstas no parágrafo segundo do artigo oitavo do disposto na Lei Complementar Federal n° 159, de 19 de maio de 2017, uma vez que a reestruturação da organização judiciária foi uma ação administrativa expressamente prevista no Plano de Recuperação Fiscal e, especialmente, porque será objeto de compensação de impacto financeiro, mediante adoção de medidas de compensação devidamente detalhadas pela diretoria financeira do TJGO. Com informações da Alego