O promotor de Justiça Fausto Campos Faquineli ofereceu denúncia contra Natalia Gonçalves de Sousa, Mateus Queiroz Aguiar e Fernando Rodrigues Junior, por associação criminosa e pelo crime de latrocínio (roubo seguido de morte) contra a estudante Nathália Araújo Zucatelli, em fevereiro deste ano. Junto de peça acusatória, o representante do Ministério Público pediu a conversão da prisão dos três em preventiva.
Conforme consta na denúncia, os três denunciados agiam em associação criminosa armada, reunindo-se para a prática de roubos. Os encontros eram realizados em um depósito de reciclagem, no Jardim América, onde eles repartiam os produtos do crime e escondiam a arma usada na prática dos assaltos. As tarefas também eram divididas, cabendo a Natália e Matheus a prática dos roubos , e a Fernando o fornecimento e armazenamento do revólver.
No dia 22 de fevereiro, como o de costume, Fernando entregou aos outros dois a arma, para que eles realizassem os assaltos. Por volta da 21h45, na esquina das Ruas T-25 e T-50, no Setor Marista, os denunciados tentaram subtrair o celular e a mochila da estudante Nathália Zucatelli. A vítima havia deixado o colégio, rumo à sua casa, quando, na esquina, surgiram Natalia e Matheus em uma moto. Natalia anunciou o assalto, apontando a arma em direção à estudante, como forma de intimidá-la a entregar seus pertences, enquanto Matheus permaneceu na direção da moto, para proporcionar a fuga.
Conforme o promotor, a estudante, porém, permaneceu inerte, e, sem qualquer motivo, foi atingida na altura do ombro esquerdo por Natália, cujo intuito era eliminar a vida da vítima para subtrair as coisas sem qualquer interferência. Logo em seguida, os denunciados Natália e Matheus fugiram do local.
Diante da ordem judicial de prisão, Natália e Matheus acabaram detidos pela Polícia Militar – este último na semana passada. No curso da investigação, Natália admitiu a autoria do assalto e revelou a participação dos denunciados Matheus e Fernando. Na casa de Fernando, foi apreendida a arma de fogo usada no crime: um revólver calibre 32.
Assim, o MP requer que os três denunciados sejam julgados e condenados pelos crimes previstos no artigo 157,§ 3 (latrocínio), e artigo 288, § único (associação criminosa), do Código Penal Brasileiro. Fonte: MP-GO
