Conhecido em Goiás onde já ministrou cursos e palestras, o juiz de Mato Grosso do Sul José Andrade Neto decidiu pedir exoneração do cargo. Antes de ser exonerado, o magistrado, que tem mais de 400 mil seguidores nas redes sociais, já atuava com docência privada na web e oferecia cursos de como “ganhar causas” na Justiça.
Atividades de coach não são permitidas para juízes, segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Nas redes sociais, o juiz se despediu e disse que vai focar os trabalhos para ajudar outros advogados.
Em vídeo publicado no Instagram, ele fala que encerra um ciclo de 21 anos na magistratura para agora se dedicar à docência e à advocacia privada, “sem amarras, sem restrição”.
“A gratidão é a memória do coração. E neste momento o meu coração transborda de gratidão pelos 21 anos em que busquei servir ao meu país na magistratura. Mas hoje começo uma nova história. Hoje início o maior projeto da minha vida. Sempre com Deus no centro de tudo. Sempre com o objetivo principal de ajudar o próximo. Vamos pra cima. Agora, com muito mais força.”
Forte nas redes sociais
José Andrade não é o primeiro juiz com forte atuação nas redes sociais a deixar a magistratura para se dedicar à docência. Erik Navarro Wolkart, do Tribunal Regional Federal da 2ª região, disse que hoje é esse o chamado que encanta o seu coração.
“A docência para milhares de pessoas, através da tecnologia disponível, tornou-se a forma mais eficiente de realização da minha missão.”
