TJGO autoriza retomada das obras de resort no centro histórico de Pirenópolis

Mesmo sob críticas, centro histórico de Pirenópolis vai ganhar um eco resort

O Tribunal de Justiça de Goiás suspendeu liminar que impedia a construção do empreendimento Quinta Santa Bárbara Eco Resort, que conta com 192 apartamentos e está previsto para ser erguido no centro histórico de Pirenópolis. Mesmo sob críticas de moradores desde 2015, o empreendimento será construído onde antes funcionava a Pousada Quinta Santa Bárbara, ao lado da Igreja Nosso Senhor do Bonfim e tem previsão de conclusão em até quatro anos.

A liminar que impedia a construção havia sido concedia pelo juiz Sebastião José da Silva, no dia 6 de julho. A decisão que autoriza o prosseguimento das obras é do desembargador do TJGO, Walter Carlos Lemes, que entendeu ter sido demonstrado que o eco resort cumpriu todas as exigências para obter as aprovações previstas em lei, o que inclui análise dos órgãos competentes, como o Instituto do Patrimônio Histórico de Goiás e as Secretarias Estadual e Municipal de Meio Ambiente.

Em seu favor, a Quinta Santa Bárbara Eco Resort também afirmou, no processo, que a obra tem como proposta a integração ao conjunto arquitetônico da cidade e respeito ao meio ambiente. “O terreno de 60 mil m² será ocupado com edificações em apenas 10% de sua área total, terá 72% de área permeável, e 30 mil m² de áreas verdes, que incluem a área de preservação permanente (APP). As edificações terão altura máxima de 8,5m, em até dois pavimentos.  A arquitetura será em estilo colonial, cumprindo todas as exigências de especificações do Iphan. No total, serão 192 apartamentos de um ou dois quartos”, complementa.

As obras de infraestrutura estão previstas para o entorno e no terreno do Quinta Santa Bárbara Eco Resort, a fim de beneficiar não só o empreendimento, mas também o bairro vizinho e a cidade. “Será construída na Rua Santa Bárbara galeria de água pluvial com dezenas de “bocas-de-lobo” para captação e escoamento de enxurradas, que estará ligada a uma rede pluvial interna ao terreno e estas serão amortecidas em bacias construídas em sistema de gabião que irão corrigir um antigo problema de inundações no local. A Área de Preservação Permanente (APP) existente no terreno será toda recuperada, com tratamento do solo e reflorestamento”, finaliza.