Tibúrcio, amigo e ex-advogado de Juan Guaidó, leva mensagem de esperança ao presidente “encarregado” da Venezuela

Marília Costa e Silva

Fernando Tibúrcio, ex-secretário da Casa Civil de Goiás, foi advogado e é amigo do opositor e líder da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, que se autoproclamou na quarta-feira (23) presidente “encarregado”, assumindo o governo no lugar de Nicolás Maduro.

Fernando Tibúrcio e Guaidó

Em conversa com o amigo na tarde de hoje, Tibúrcio disse que fez questão de levar ao amigo uma mensagem de esperança dos brasileiros pelo restabelecimento da ordem democrática na Venezuela. “Como uma liderança jovem, inteligente e bom estrategista, Guaidó terá o equilíbrio e a sabedoria pra fazer essa volta da Venezuela para o caminho da democracia”, acredita Tibúrcio.

O goiano acredita que  um novo governo é realmente a saída para os problemas enfrentados pelo povo venezuelano, que tem deixado em massa o país. “O governo faliu, fracassou. Não consegue mais prover o abastecimento da população. Por isso acho que a saída é mesmo um governo de transição, que possa realizar o mais rápido possível uma eleição justa. Guaidó é muito inteligente e está preparado para a tarefa”, diz Tibúrcio.

Conforme Tibúrcio, ao falar com Guaidó hoje confirmou que ele tem a intenção de proporcionar um ambiente e estabilização para o País para permitir que sejam convocadas eleições para presidente, na qual se possa garantir um equilíbrio aos candidatos, diferentemente do pleito passado, onde a oposição foi aligada do processo. “Ele também está abrindo linhas de comunicação com outros países em busca de apoio”, frisou.

Quem é Guaidó

Há pouco tempo, o jovem político Juan Guaidó, de 35 anos, era um desconhecido da comunidade internacional. Mas na quarta-feira, ao fazer seu juramento como sucessor de Nicolás Maduro, Guaidó foi reconhecido como legítimo ocupante do posto máximo do executivo venezuelano pelos Estados Unidos, União Europeia e mais sete países.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que o governo brasileiro acompanha com “muita atenção” os desdobramentos da crise na Venezuela. Ele admitiu que teme um processo de transição não pacífico entre o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e o interino, Juan Guaidó. Segundo ele, o Brasil “está no limite” do que pode fazer em relação ao país vizinho.

“A história tem mostrado que as ditaduras não passam o poder para a respectiva oposição de forma pacífica. Nós tememos as ações do governo ou melhor da ditadura do governo Maduro”, afirmou Bolsonaro.