STJ arquiva processo contra padre Robson por supostos desvios de dinheiro da Afipe

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O Superior Tribunal de Justiça (STJ) arquivou definitivamente o processo que o Ministério Público Estadual de Goiás (MP-GO) abriu contra o padre Robson de Oliveira por supostos desvios de dinheiro enquanto ele era presidente da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe). O processo transitou em julgado, ou seja, não há mais recurso nos tribunais superiores, conforme explica o advogado do padre, Pedro Paulo de Medeiros.

“Decisão judicial se cumpre ou se recorre. Neste caso, não há qualquer recurso pendente, portanto, a decisão deve ser cumprida. Esse assunto está encerrado. Padre Robson, injustiçado como foi, agora absolvido, poderá finalmente continuar sua vida de evangelização, servindo à Igreja”, diz o advogado.

De acordo com ele, o STJ já havia confirmado a decisão do Tribunal de Justiça de Goiás, segundo a qual o padre Robson não teria praticado crime algum na direção da Afipe.

O religioso tinha sido denunciado pelo MP-GO por apropriação indébita, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro doado por fiéis. A defesa sempre deixou claro que acusações levantadas eram infundadas. A Sexta Turma do STJ, inclusive, já havia rejeitado um pedido feito pelo Ministério Público, no mês passado, para retomar as investigações.

Operação Vendilhões

Padre Robson foi investigado pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público de Goias que deflagrou, no dia 21 de agosto de 2020, a Operação Vendilhões, que apurava irregularidades relacionadas à Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe). A entidade é responsável pelo Santuário Basílica de Trindade, cidade na região Metropolitana de Goiânia conhecida como a “capital da fé” no Estado.