Promotora de Justiça é condenada por improbidade e perde o cargo no MP de Goiás

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A promotora de Justiça Juliana de Almeida França foi condenada pelo crime de improbidade administrativa por ter supostamente usado o cargo para obter vantagens ilícitas. A decisão é do juiz de Liciomar Fernandes da Silva, da comarca de Jaraguá, onde a ré era lotada, que decidiu ainda pela perda do cargo público, pagamento de multa no valor de 15 vezes o vencimento que recebia e a perda dos direitos políticos por três anos.

A representante do Ministério Público foi considerada culpada de ter elaborado pedidos de revogação de prisão preventiva e de delação premiada em favor de um homem que ela teria contratado para matar o ex-marido, o procurador do Estado Murilo Nunes Magalhães, com quem disputava a guarda da filha do casal. Pelo crime, que não chegou ser consumado, ela foi sentenciada no ano passado pelo Tribunal de Justiça de Goiás a quatro anos de reclusão, em regime aberto, pena convertida em prestação de serviços à comunidade e prestação pecuniária no valor de R$ 10 mil.

Na condenação por improbidade administrativa, o magistrado apontou que a promotora de Justiça colocou em dúvida a seriedade não só de sua atuação no cargo mais de todo o Ministério Público, instituição respeitada pelos brasileiros. Com a decisão, Juliana, que estava afastada do cargo desde 2010, perde a função que ocupava no MP-GO. Da decisão, no entanto, ainda cabe recurso ao TJGO. A promotora não foi encontrada para falar sobre a decisão, mas ao longo do processo ela se declarou inocente das acusações.

Processo 0011137.83.2014.8.09.0091