Seis meses após ter o mandato de senador cassado por 56 votos contra 19 o goiano Demóstenes Torres continuou a usufruir dos benefícios do plano de saúde do Senado, custeado pelo contribuinte. Nas tabelas de reembolso do serviço constam três notas fiscais apresentadas pelo ex-senador em dezembro de 2012 que juntas somam R$ 5.362,80. A informação foi publicada nesta segunda-feira (10/3) pelo jornal “O Estado de São Paulo”. A reportagem também aponta a mesma benesse ao também ex-senador que perdeu o cargo por suspeita de corrupção Expedido Júnior (PSDB-RO), reembolsado em R$ R$ 19.238,6 pelo Senado por atendimentos médicos usados por ele e sua esposa em 2012.
Demóstenes perdeu o mandato por suspeita de envolvimento com Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e atualmente tenta retornar à função de procurador de justiça em Goiás, da qual encontra-se afastado desde outubro de 2012 por conta de processo disciplinar em andamento no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Enquanto segue afastado do posto de procurador o ex-democrata continua recebendo seus vencimentos, na ordem de R$ 24 mil mensal.
O uso indiscriminado do plano de saúde custeado pelos cofres públicos não se restringe a ex-senadores cassados. O benefício é vitalício, por isso políticos que se elegem para outro cargo eletivo podem continuar sendo beneficiados, bem como seus cônjuges.
